O ano da pandemia do coronavírus deixará marcas profundas na educação e nas desigualdades do nosso país, acumulando desafios para o próximo ciclo político e econômico. Não há copo meio vazio ou meio cheio. A educação pública enfrentou um dos piores momentos. Temos um Ministério da Educação esvaziado e omisso na condução da política educacional, incapaz de tomar decisões fundamentais, se movendo a base de pressão social e política. Lembremos do episódio do Exame Nacional do Ensino Médio-Enem, adiado com muito custo e resistência. Lembremos do ensino remoto que só ocorreu graças à atuação do Conselho Nacional de Educação-CNE. Os estudantes da escola pública se viram excluídos do sistema de ensino, enganados por falsas soluções tecnológicas que nunca os alcançaram e sendo descobertos pelo poder público em suas casas, dessa vez não mais como números, mas como gente e gente submetida à desigualdade social e educativa. No entanto, ação que tarda é inócua. Este foi um ano perdido para maioria...
Educação, Ciência e Política