O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada-Ipea é uma instituição de estado que muito orgulha o Brasil. Recentemente, o Ipea divulgou nota técnica com o título “Acesso domiciliar à internet e ensino remoto durante a pandemia”. Os pesquisadores utilizaram dados da PNAD Contínua, do Censo Escolar e da Capes para delinear um quadro da população sem acesso à internet em barda larga ou 3G/4G/ em seu domicílio.
A falta de acesso se dá especialmente entre os estudantes da pré-escola e ensino fundamental, aproximadamente 4,95 milhões de crianças e adolescentes que estão matriculadas na escola pública, se incluirmos ensino médio e educação superior, esse número chega a 5,8 milhões de estudantes sem acesso à internet.
Os pesquisadores analisam os números e nos informam o perfil desses estudantes. Por exemplo, 54% dos que estão na pré-escola e 53% dos que estão no ensino fundamental vivem em domicílios nas áreas rurais. É o caso do menino José Caique que está na 7ª série do ensino fundamental no povoado Pé da Serra no Piauí. O pai Francisco Sobral construiu uma barraca a 500 metros de casa, único ponto onde chega o sinal do celular. O celular foi emprestado pela tia Das Dores que também é professora.
A Folha de São Paulo divulgou matéria sobre relatório da OCDE apontando que o Brasil tem a pior proporção de computadores por aluno entre os 79 países avaliados no último PISA. A média dos países ricos é de 1 computador por estudante, no Brasil são 10 estudantes por computador.
Sem política pública de longo prazo nos batemos com as urgências de cada dia e nos resta pensar alternativas. Por exemplo utilizar internet por satélite, antes chamada de GSAC e hoje Educação Conectada, cuja qualidade da internet ainda é baixa. Outra possibilidade é a aquisição de pacotes de dados via celular oferecidos pelas empresas de telefonia no mercado, incluindo a distribuição de tablets ou celulares.
Os estudantes que não acessam a internet são de famílias de baixa renda, ou seja, suas famílias ganham no máximo 1,5 salário-mínimo por mês. Tal situação deve ter sido aliviada com o recebimento do auxílio emergencial, como o próprio nome diz, algo provisório.
Nesse sentido, prover acesso e equipamentos se faz necessário. Infelizmente o poder público é lento em decidir e implementar a decisão. O caro leitor deve lembrar que o problema da suspensão das aulas se apresentou em março e a ação efetiva ocorreu em agosto.
O custo de distribuir tablets e chips para os estudantes da pré-escola e do ensino fundamental, justamente os mais afetados, chegaria a R$ 2 bilhões. Isso caso os Governos implementem política de inclusão digital para o ensino remoto emergencial. Sem esquecer que ainda assim não contemplará todos os estudantes. Haverá necessidade de distribuir material impresso nas áreas sem internet ou cobertura de sinal de celular.
Ainda há tempo para a inclusão digital?
A falta de acesso se dá especialmente entre os estudantes da pré-escola e ensino fundamental, aproximadamente 4,95 milhões de crianças e adolescentes que estão matriculadas na escola pública, se incluirmos ensino médio e educação superior, esse número chega a 5,8 milhões de estudantes sem acesso à internet.
Os pesquisadores analisam os números e nos informam o perfil desses estudantes. Por exemplo, 54% dos que estão na pré-escola e 53% dos que estão no ensino fundamental vivem em domicílios nas áreas rurais. É o caso do menino José Caique que está na 7ª série do ensino fundamental no povoado Pé da Serra no Piauí. O pai Francisco Sobral construiu uma barraca a 500 metros de casa, único ponto onde chega o sinal do celular. O celular foi emprestado pela tia Das Dores que também é professora.
A Folha de São Paulo divulgou matéria sobre relatório da OCDE apontando que o Brasil tem a pior proporção de computadores por aluno entre os 79 países avaliados no último PISA. A média dos países ricos é de 1 computador por estudante, no Brasil são 10 estudantes por computador.
Sem política pública de longo prazo nos batemos com as urgências de cada dia e nos resta pensar alternativas. Por exemplo utilizar internet por satélite, antes chamada de GSAC e hoje Educação Conectada, cuja qualidade da internet ainda é baixa. Outra possibilidade é a aquisição de pacotes de dados via celular oferecidos pelas empresas de telefonia no mercado, incluindo a distribuição de tablets ou celulares.
Os estudantes que não acessam a internet são de famílias de baixa renda, ou seja, suas famílias ganham no máximo 1,5 salário-mínimo por mês. Tal situação deve ter sido aliviada com o recebimento do auxílio emergencial, como o próprio nome diz, algo provisório.
Nesse sentido, prover acesso e equipamentos se faz necessário. Infelizmente o poder público é lento em decidir e implementar a decisão. O caro leitor deve lembrar que o problema da suspensão das aulas se apresentou em março e a ação efetiva ocorreu em agosto.
O custo de distribuir tablets e chips para os estudantes da pré-escola e do ensino fundamental, justamente os mais afetados, chegaria a R$ 2 bilhões. Isso caso os Governos implementem política de inclusão digital para o ensino remoto emergencial. Sem esquecer que ainda assim não contemplará todos os estudantes. Haverá necessidade de distribuir material impresso nas áreas sem internet ou cobertura de sinal de celular.
Ainda há tempo para a inclusão digital?
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