Jhonatan Almada, historiador, integra o quadro técnico da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Mudar em política implica, ao mesmo tempo, em novas práticas e na ascensão de uma nova geração ao poder. Renovar a elite política maranhense na segunda década do século XXI tem sido tarefa difícil por estar entremeada em uma transição negociada entre os setores sobreviventes do antigo regime e as novas gerações que buscam afirmar-se em espaço próprio. Nesse aspecto, a velhice se apresenta lamentável e tola como a do senhor feudal Hidetora no filme Ran (lit. Caos, 1985), de Akira Kurosawa. Ali, o senhor que tudo conquistou com a força e desamor tentava transmitir aos seus filhos um ensinamento contrário às suas práticas e história, caindo na tolice e na loucura. Os delírios do poder no Maranhão impedem que os velhos da política alcancem a sabedoria, esta chega com a experiência banhada do conhecimento de si e dos outros. O horror ao novo explica por que os representantes maranhen...
Educação, Ciência e Política