O ano da pandemia do coronavírus deixará marcas profundas na educação e nas desigualdades do nosso país, acumulando desafios para o próximo ciclo político e econômico. Não há copo meio vazio ou meio cheio.
A educação pública enfrentou um dos piores momentos. Temos um Ministério da Educação esvaziado e omisso na condução da política educacional, incapaz de tomar decisões fundamentais, se movendo a base de pressão social e política. Lembremos do episódio do Exame Nacional do Ensino Médio-Enem, adiado com muito custo e resistência. Lembremos do ensino remoto que só ocorreu graças à atuação do Conselho Nacional de Educação-CNE.
Os estudantes da escola pública se viram excluídos do sistema de ensino, enganados por falsas soluções tecnológicas que nunca os alcançaram e sendo descobertos pelo poder público em suas casas, dessa vez não mais como números, mas como gente e gente submetida à desigualdade social e educativa.
No entanto, ação que tarda é inócua. Este foi um ano perdido para maioria desses estudantes, a perda de aprendizagem é estimada entre 50 e 60%. A minoria privilegiada continuou seus estudos nas escolas privadas.
A principal vitória foi a aprovação e a regulamentação do novo Fundeb, agora Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. A luta foi renhida.
A vitória veio graças à atuação e incidência da sociedade civil no Congresso Nacional, a exemplo da mobilização da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação-Fineduca e a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação-CNTE.
Teremos mais recursos a partir de 2021 e o desafio de não torrar tudo com salários ou construção de prédios. Há que se buscar o equilíbrio. A agenda da infraestrutura que é mais visível, tem seus limites, basta ver os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica-Ideb, a estagnação do ensino fundamental e a mediocridade no ensino médio.
É a hora e a vez da agenda da qualidade. Isso implica em formação de professores com impacto na prática do ensino em sala de aula, acompanhamento e monitoramento para elevar o patamar de aprendizagem dos estudantes e ampliação da jornada escolar em projetos sérios de educação integral, sem macaquear ou papagaiar os outros.
A China conseguiu erradicar a pobreza extrema com geração de empregos. O mais relevante é o emprego, decisivo para a dignidade humana. Não são ações simbólicas e marketeiras que estamos acostumados a ver por aqui, são políticas públicas estruturadas em projeto de desenvolvimento, ousado e criativo.
O Brasil perde tempo com bobagens e gasta energia com polêmicas que só servem para projetar pretensos salvadores. Temos 13,8 milhões de brasileiros vivendo com menos de 10 reais por dia, cuja situação foi aliviada pelo Auxílio Emergencial, contudo, o problema é que desde o Bolsa-Escola, passando pelo Bolsa-Família, não fizemos nada além do alívio da pobreza.
A esquerda, a direita e o centro não ofereceram solução consistente para a pobreza no Brasil. Até o momento estão nos devendo, a todos nós, algo melhor do que bate boca pelo Twitter.
A educação pública enfrentou um dos piores momentos. Temos um Ministério da Educação esvaziado e omisso na condução da política educacional, incapaz de tomar decisões fundamentais, se movendo a base de pressão social e política. Lembremos do episódio do Exame Nacional do Ensino Médio-Enem, adiado com muito custo e resistência. Lembremos do ensino remoto que só ocorreu graças à atuação do Conselho Nacional de Educação-CNE.
Os estudantes da escola pública se viram excluídos do sistema de ensino, enganados por falsas soluções tecnológicas que nunca os alcançaram e sendo descobertos pelo poder público em suas casas, dessa vez não mais como números, mas como gente e gente submetida à desigualdade social e educativa.
No entanto, ação que tarda é inócua. Este foi um ano perdido para maioria desses estudantes, a perda de aprendizagem é estimada entre 50 e 60%. A minoria privilegiada continuou seus estudos nas escolas privadas.
A principal vitória foi a aprovação e a regulamentação do novo Fundeb, agora Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. A luta foi renhida.
A vitória veio graças à atuação e incidência da sociedade civil no Congresso Nacional, a exemplo da mobilização da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, a Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação-Fineduca e a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação-CNTE.
Teremos mais recursos a partir de 2021 e o desafio de não torrar tudo com salários ou construção de prédios. Há que se buscar o equilíbrio. A agenda da infraestrutura que é mais visível, tem seus limites, basta ver os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica-Ideb, a estagnação do ensino fundamental e a mediocridade no ensino médio.
É a hora e a vez da agenda da qualidade. Isso implica em formação de professores com impacto na prática do ensino em sala de aula, acompanhamento e monitoramento para elevar o patamar de aprendizagem dos estudantes e ampliação da jornada escolar em projetos sérios de educação integral, sem macaquear ou papagaiar os outros.
A China conseguiu erradicar a pobreza extrema com geração de empregos. O mais relevante é o emprego, decisivo para a dignidade humana. Não são ações simbólicas e marketeiras que estamos acostumados a ver por aqui, são políticas públicas estruturadas em projeto de desenvolvimento, ousado e criativo.
O Brasil perde tempo com bobagens e gasta energia com polêmicas que só servem para projetar pretensos salvadores. Temos 13,8 milhões de brasileiros vivendo com menos de 10 reais por dia, cuja situação foi aliviada pelo Auxílio Emergencial, contudo, o problema é que desde o Bolsa-Escola, passando pelo Bolsa-Família, não fizemos nada além do alívio da pobreza.
A esquerda, a direita e o centro não ofereceram solução consistente para a pobreza no Brasil. Até o momento estão nos devendo, a todos nós, algo melhor do que bate boca pelo Twitter.
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