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Mostrando postagens de março, 2010

O PNE ignorado - entrevista de Dermeval Saviani

“Plano Nacional de Educação foi solenemente ignorado”, diz especialista Estudo divulgado recentemente mostra que boa parte das metas não foram atingidas Amanda Polato, do R7 Este ano, o Brasil deve elaborar um novo PNE (Plano Nacional de Educação), que valerá de 2011 a 2020. Entre os dias 28 de março e 1º de abril, durante a Conae (Conferência Nacional da Educação), serão discutidas as prioridades que o Brasil vai estabelecer para a educação nos próximos dez anos. Mas é grande o questionamento em torno do plano que foi criado em 2001 e está atualmente em vigor. Poucas metas foram atingidas – exatas 33%, segundo dados preliminares divulgados recentemente . O PNE é um documento que estabelece tudo aquilo que o país precisa fazer para que a educação atinja níveis desejáveis de investimentos, qualidade, quantidade de vagas nas escolas e universidades, entre outros. O atual plano estabelece, por exemplo, que 30% dos jovens estejam matriculados no ensino superior. Mas o país só tinha 13% d

BARRIGA DO FIM DO MUNDO

BARRIGA DO FIM DO MUNDO O Maranhão é um estado rico. Possui as melhores terras do Brasil. É farto em recursos naturais. Tem o segundo maior litoral do País; três rios nacionais e água doce em todo canto. O maranhense é uma mistura alegre e guerreira do índio, do negro, de portugueses, franceses e holandeses. Apesar das riquezas naturais, da diversidade cultural e da garra de nossa gente que trabalha de inverno a verão, o Maranhão apresenta os piores indicadores sociais do país e o nosso povo amarga a dor, o sofrimento e a humilhação da pobreza. São muitas causas, porém a principal reside no domínio absoluto das oligarquias sobre a economia, a mídia e as instituições públicas e privadas, que sufoca a alternância de poder e a democracia. Há mais de quarenta anos o Maranhão é dominado por uma família . Se não fossem as políticas e os investimentos do Governo Federal, em especial nestes anos do governo do Presidente Lula, os maranhenses estariam nas mesmas condições do povo haitiano. O

Duas idéias para a oposição no Maranhão

Duas idéias para a oposição no Maranhão Duas idéias me parecem importantes à oposição maranhense como basilares nos futuros programas de governo a serem apresentados no pleito deste ano de 2010, nas eleições para governador do Estado do Maranhão. Uma primeira idéia, já divulgada por Lula ainda que em contornos imprecisos, trata da Consolidação da Legislação Social-CLS que daria um caráter de políticas de Estado aos programas sociais mais relevantes, alguns iniciados no governo FHC (mesmo que de triste memória por um sem fim de motivos), outros criados no atual governo. Ora a idéia é utilizar esses programas de transferência de renda, de habitação popular, de crédito ao empreendedorismo, enfim, como instrumentais permanentes de inclusão não-marginal, que no médio e longo prazo poderão se tornar desnecessários. Isto no Maranhão significaria primeiro criar tais programas numa perspectiva não assistencialista como tem funcionado os chamados "Vivas" do Governo Roseana, mudar o per

O Brasil à francesa de Fernando Braudel

Brasil à francesa Os anos brasileiros, entre as décadas de 1930 e 1940, marcaram a vida e a obra do historiador francês Fernand Braudel Joselia Aguiar Revista FAPESP - Edição Impressa 168 - Fevereiro 2010 © divulgação Edusp O jovem Braudel em foto tirada quando de sua estada no Brasil “Para quem se via acuado entre a historiografia convencional, a vulgata marxista e o sociologismo, Braudel foi uma autêntica libertação. Ali estava finalmente um historiador que nem tinha o ranço de uma nem o reducionismo da outra nem o doutrinarismo do terceiro; e que, munido dos instrumentos da erudição mais recente, era capaz, como os grandes historiadores do século XIX, de dar corpo, alma e vida a largas fatias do passado”, escreveu o historiador pernambucano Evaldo Cabral de Mello. O elogio dá uma noção do encantamento que gerações experimentaram há cinco décadas com a leitura de O Mediterrâneo , obra monu

A volta da educação que nunca foi (do governo Roseana)

A volta da educação que nunca foi (do governo Roseana) A principal característica da política educacional do governo estadual do Maranhão desde a primeira gestão de Roseana Sarney é o cabal desconhecimento dos secretários da pasta sobre o assunto e a imitação pura e simples da política estabelecida pelo governo federal. Consequência disso, a política educacional sempre foi traduzida em: (1) construção de escolas, (2) contratação de professores, (3) capacitações de professores e diretores, (4) ampliação das matrículas; não necessariamente nesta ordem. Nunca enfrentaram o problema mais dramático que é o da qualidade do ensino oferecido pela rede estadual, não por que não quisessem, mas por que não só não sabem como enfrentar isso, como também os governantes e a elite política tradicional não se interessam por essa política em outro sentido que não o daquela quadra já aludida. Qualidade da educação não é algo que volta, por que nunca esteve presente na história recente da política educaci