2018 caminha para seu final, ano extremamente difícil, com vitórias e percalços. O passado foi ressuscitado com ares de novo, a ignorância foi transformada em posicionamento político e a atual ideologização vai sendo desvelada como verdadeira mobilizadora das decisões políticas.
Precisamos de outras ferramentas e ideias para navegar em tempos de retorno do neoliberalismo agora acompanhado de teologias, togas, fardas e conspirações. Bandeiras de valores, direitos e apelos a era de ouro cada vez mais distante me parecem pálidas e incapazes de sustentar esse enfrentamento.
Os privilégios das carreiras bem remuneradas no Poder Judiciário, Poder Legislativo Ministério Público e Forças Armadas são sustentados no arrocho de enorme massa de trabalhadores com salário mínimo e servidores públicos cujas remunerações estão congeladas há quatro anos. O patrimonialismo existe e está firme, suas raízes mergulham profundamente no bolso do povo brasileiro.
As críticas aos programas sociais que mobilizam bilhões de reais para a economia de um mundo de cidades no Brasil se recolhem quando o debate se refere aos incentivos fiscais e aos financiamentos generosos dos bancos públicos aos empresários. Equivocados os que pensam produzir meritocracia apertando um botão, programas sociais, oportunidades educacionais e inserção produtiva articulados tem maior probabilidade de romper o ciclo da pobreza.
O elogio da ciência, tecnologia e inovação que sai da boca de todas as autoridades, iguais aos dirigidos para as áreas de educação, saúde e segurança não se sustenta como prioridade no orçamento público e não se tornam reais na execução financeira. Não existem fazedores de dinheiro que se possam contratar para resolver essa equação, apesar dos laranjas e agiotas tão conhecidos de tantos.
Enfrentamos a colonização cultural que rejeita as nossas riquezas e criatividade em nome do fetiche pelas falsas soluções das potências econômicas e seus sócios menores. Por outro lado e paradoxalmente, vivenciamos a rejeição às políticas e práticas de sucesso no mundo, mesmo que comprovadas e decantadas.
Onde tudo é prioritário, nada é prioritário. Planejar é em essência decidir quem vem primeiro e os que deverão esperar. Decisão racional quase impossível pela lida cotidiana com a desigualdade, pressões políticas e problemas sociais.
No livro “Maranhão: enigmas, desafios e urgências” escrevi um capítulo em que defendo priorizar a revitalização dos rios, os investimentos da área de educação em Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática (da sigla em inglês STEM) e a focalização dos investimentos da área de pesquisa na solução de problemas relevantes para empresas e sociedade. Três ideias que demandam a existência de Lei Estadual de Inovação, Fundo de Inovação e Estratégia de Médio e Longo Prazo.
A experiência acumulada de quatro anos com educação profissional nos trouxe aprendizados importantes como o caráter estratégico da parceria com as empresas (inserção dos estudantes no mundo do trabalho e atualização dos currículos), o acerto de delinear a oferta educacional a partir de estudos e pesquisas de base local e o desafio de adquirir equipamentos e laboratórios técnicos. Em face disso, propusemos alterar a lei do Programa Mais Empresas para que percentual do incentivo ali previsto possa ser aplicado na aquisição desses laboratórios.
A necessária relação teoria-prática ainda é uma ferramenta útil para a tomada de decisão no âmbito das políticas públicas e continuará sendo em 2019. Técnica e política são complementares, não opostos. Desejo que o Brasil encontre seu próprio caminho e que possamos superar nossos desafios.
Precisamos de outras ferramentas e ideias para navegar em tempos de retorno do neoliberalismo agora acompanhado de teologias, togas, fardas e conspirações. Bandeiras de valores, direitos e apelos a era de ouro cada vez mais distante me parecem pálidas e incapazes de sustentar esse enfrentamento.
Os privilégios das carreiras bem remuneradas no Poder Judiciário, Poder Legislativo Ministério Público e Forças Armadas são sustentados no arrocho de enorme massa de trabalhadores com salário mínimo e servidores públicos cujas remunerações estão congeladas há quatro anos. O patrimonialismo existe e está firme, suas raízes mergulham profundamente no bolso do povo brasileiro.
As críticas aos programas sociais que mobilizam bilhões de reais para a economia de um mundo de cidades no Brasil se recolhem quando o debate se refere aos incentivos fiscais e aos financiamentos generosos dos bancos públicos aos empresários. Equivocados os que pensam produzir meritocracia apertando um botão, programas sociais, oportunidades educacionais e inserção produtiva articulados tem maior probabilidade de romper o ciclo da pobreza.
O elogio da ciência, tecnologia e inovação que sai da boca de todas as autoridades, iguais aos dirigidos para as áreas de educação, saúde e segurança não se sustenta como prioridade no orçamento público e não se tornam reais na execução financeira. Não existem fazedores de dinheiro que se possam contratar para resolver essa equação, apesar dos laranjas e agiotas tão conhecidos de tantos.
Enfrentamos a colonização cultural que rejeita as nossas riquezas e criatividade em nome do fetiche pelas falsas soluções das potências econômicas e seus sócios menores. Por outro lado e paradoxalmente, vivenciamos a rejeição às políticas e práticas de sucesso no mundo, mesmo que comprovadas e decantadas.
Onde tudo é prioritário, nada é prioritário. Planejar é em essência decidir quem vem primeiro e os que deverão esperar. Decisão racional quase impossível pela lida cotidiana com a desigualdade, pressões políticas e problemas sociais.
No livro “Maranhão: enigmas, desafios e urgências” escrevi um capítulo em que defendo priorizar a revitalização dos rios, os investimentos da área de educação em Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática (da sigla em inglês STEM) e a focalização dos investimentos da área de pesquisa na solução de problemas relevantes para empresas e sociedade. Três ideias que demandam a existência de Lei Estadual de Inovação, Fundo de Inovação e Estratégia de Médio e Longo Prazo.
A experiência acumulada de quatro anos com educação profissional nos trouxe aprendizados importantes como o caráter estratégico da parceria com as empresas (inserção dos estudantes no mundo do trabalho e atualização dos currículos), o acerto de delinear a oferta educacional a partir de estudos e pesquisas de base local e o desafio de adquirir equipamentos e laboratórios técnicos. Em face disso, propusemos alterar a lei do Programa Mais Empresas para que percentual do incentivo ali previsto possa ser aplicado na aquisição desses laboratórios.
A necessária relação teoria-prática ainda é uma ferramenta útil para a tomada de decisão no âmbito das políticas públicas e continuará sendo em 2019. Técnica e política são complementares, não opostos. Desejo que o Brasil encontre seu próprio caminho e que possamos superar nossos desafios.
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