Blog do Anselmo Raposo- Porque ser Candidato a Presidente do PT -Maranhão?
O PT é único partido no Brasil que tem eleições diretas para escolha dos seus dirigentes nacionais, estaduais e municipais. São eleições proporcionais, ou seja, cada chapa indica vagas no diretório proporcionalmente à quantidade de votos obtidos. Ser candidato a presidente do PT no Maranhão nesse momento é uma necessidade política. Todos sabem que fui candidato a senador da república e que obtivemos um resultado excepcional. Entretanto, quando fui candidato não tive o apoio do PT nacional. Quando ganhamos a eleição com o Jackson Lago, uma banda do partido me excluiu do Secretariado. Em 2008, quando havia forte cogitação do meu nome para prefeito de São Luís, o PT, por maioria, não me permitiu ser candidato. Como diz o ditado popular, “gato escaldado tem medo de água fria”. Se não há garantias, se não há acordos internos, se não há projetos, o jeito é concorrer e buscar o espaço que assegure nossa presença. E não se trata de uma reflexão individual, mas de uma discussão coletiva que une diferentes setores do partido em torno da idéia de se construir um projeto político para o Maranhão que possa viabilizar o PT como uma alternativa de poder no Estado.
Blog do Anselmo Raposo - Qual o balanço que você faz do PT no Maranhão?
Vamos fazer 30 anos e pouco avançamos. Basta compararmos com outros Estados do norte-nordeste. O PT governa o Estado do Pará, do Piauí, do Sergipe, da Bahia, a capital do Tocantins, de Fortaleza, de Pernambuco, somente para citar os mais próximos. Porque aqui tem que ser diferente. Estamos muito abaixo da média. Sei que podemos ir além. Pra isso temos que pensar grande. Construir uma base programática, manter um sólido leque de alianças, retomar a proximidade com os movimentos sociais, a formação política, reanimar a juventude, avançar nos municípios, inclusive consolidando experiências administrativas positivas. Ou seja, temos que ter projeto político. O que nos falta é, principalmente, isso.
Blog do Anselmo Raposo - Como superar essas dificuldades?
Blog do Anselmo Raposo - Como você vê o cenário politico para 2010? Quais as alianças que voce defende?
Blog do Anselmo Raposo - Há poucos dias atrás um determinado Blog publicou que Bira do Pindaré poderá ficar de fora das eleições de 2010 por não saber a que concorrer. Você é candidato a que em 2010?
Blog do Anselmo Raposo - A sua candidatura a Presidente do PT não pode atrapalhar os seus planos de ser candidato Majoritário (Senador)?
Blog do Anselmo Raposo -Como você vê a crise política que está passando o Senado e como você seria um Senador diferente se Nacionalmente o PT apóia o Presidente Sarney?
O PT é único partido no Brasil que tem eleições diretas para escolha dos seus dirigentes nacionais, estaduais e municipais. São eleições proporcionais, ou seja, cada chapa indica vagas no diretório proporcionalmente à quantidade de votos obtidos. Ser candidato a presidente do PT no Maranhão nesse momento é uma necessidade política. Todos sabem que fui candidato a senador da república e que obtivemos um resultado excepcional. Entretanto, quando fui candidato não tive o apoio do PT nacional. Quando ganhamos a eleição com o Jackson Lago, uma banda do partido me excluiu do Secretariado. Em 2008, quando havia forte cogitação do meu nome para prefeito de São Luís, o PT, por maioria, não me permitiu ser candidato. Como diz o ditado popular, “gato escaldado tem medo de água fria”. Se não há garantias, se não há acordos internos, se não há projetos, o jeito é concorrer e buscar o espaço que assegure nossa presença. E não se trata de uma reflexão individual, mas de uma discussão coletiva que une diferentes setores do partido em torno da idéia de se construir um projeto político para o Maranhão que possa viabilizar o PT como uma alternativa de poder no Estado.
Blog do Anselmo Raposo - Qual o balanço que você faz do PT no Maranhão?
Vamos fazer 30 anos e pouco avançamos. Basta compararmos com outros Estados do norte-nordeste. O PT governa o Estado do Pará, do Piauí, do Sergipe, da Bahia, a capital do Tocantins, de Fortaleza, de Pernambuco, somente para citar os mais próximos. Porque aqui tem que ser diferente. Estamos muito abaixo da média. Sei que podemos ir além. Pra isso temos que pensar grande. Construir uma base programática, manter um sólido leque de alianças, retomar a proximidade com os movimentos sociais, a formação política, reanimar a juventude, avançar nos municípios, inclusive consolidando experiências administrativas positivas. Ou seja, temos que ter projeto político. O que nos falta é, principalmente, isso.
Blog do Anselmo Raposo - Como superar essas dificuldades?
O primeiro passo é fazermos o dever de casa, é unir o partido em torno de um projeto mínimo do qual todos se sintam parte. Quer dizer que vamos encerrar as divergências? Não. Mas precisamos de um ambiente que permita o diálogo, com procedimentos claros e respeito à nossa democracia interna. Queremos também repactuar as relações com a Direção Nacional. O Brasil é continental. Não dá pra achar que o que acontece em Brasília tem que se reproduzir nos Estados e, sobretudo, no Maranhão. Só nós conhecemos a dor e a delícia de se viver nesse lugar. Portanto, queremos respeitar o projeto nacional, mas sem abdicar da nossa coerência local. Creio que assim estaremos ajudando a renovar a política e livrar o país dos coronéis.
Blog do Anselmo Raposo - Como você vê o cenário politico para 2010? Quais as alianças que voce defende?
Ainda muito indefinido. Pelo que já conversamos no meio político, o mais provável até agora é um cenário com uma candidatura do grupo Sarney (PMDB), Roseana ou Lobão, e pelo menos duas das chamadas oposições. Jackson Lago (PDT) continua um nome forte. Flávio Dino (PCdoB) avança cada vez mais. Zé Reinaldo (PSB) ainda reúne muita força política. O PSDB pode vir com Roberto Rocha. E o Dutra (PT) vem defendendo meu nome (PT), o dele próprio e Terezinha Fernandes (PT) na discussão. Não sabemos. Por enquanto há muita especulação. Defendemos uma aliança pela esquerda. Queremos retomar o campo democrático popular. Por isso damos preferência às conversas com o PSB, PDT e o PCdoB.
Blog do Anselmo Raposo - Há poucos dias atrás um determinado Blog publicou que Bira do Pindaré poderá ficar de fora das eleições de 2010 por não saber a que concorrer. Você é candidato a que em 2010?
Quem diz isso certamente não conversou comigo e não tem lido minhas entrevistas. O que serei em 2010 depende do partido, é quem decide. Depende também das negociações e acordo com os possíveis aliados. Mas se depender da minha opinião e do grupo do qual faço parte serei candidato a senador. Sem obsessão e sem imposição. É diálogo. É construção. Com respeito e muita responsabilidade política, buscando o melhor para o povo do Maranhão.
Blog do Anselmo Raposo - A sua candidatura a Presidente do PT não pode atrapalhar os seus planos de ser candidato Majoritário (Senador)?
Nada a ver. Como expliquei acima, sou candidato por absoluta necessidade política. Já ficamos fora dessa disputa interna anteriormente e mesmo assim fomos rifados. Se já houvesse decisão no PT quanto à nossa participação na disputa de 2010 não haveria porque ser candidato a presidente no momento. Mas não há. Não vou ficar “em casa com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar”. Vamos à luta.
Blog do Anselmo Raposo -Como você vê a crise política que está passando o Senado e como você seria um Senador diferente se Nacionalmente o PT apóia o Presidente Sarney?
Poderia ser diferente como o Suplicy está sendo. Quem dera se em momentos como este tivesse dezenas de “suplicys” naquele senado. A história poderia ser outra. É isso que temos que fazer. Agir com responsabilidade e altivez. Pensar no povo, na coletividade, na coerência, nos nossos sonhos, nas nossas lutas. Tudo tem limite. Na política não pode ser diferente. Se um servidor público, um barnabé qualquer, comete uma infração no exercício da função ele responde por isso. Tem sindicância, tem processo administrativo e pode ter punição, que vai desde a advertência até a demissão a bem do serviço público. Com os políticos tem que ser diferente? Não faz sentido. É um desserviço à democracia. “Ah, mas isso vai nos prejudicar eleitoralmente”. Não importa! O que não pode é prevalecer a impunidade. Os fins não podem e não devem justificar os meios. Enfim... É uma crise que revela o quanto o senado esta distante do povo. Sempre esteve. Tem sido lugar dos coronéis. Mas pode ser diferente, e será. O povo está cada vez mais sabido e certamente dará sua resposta nas urnas. Quem viver, verá.
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