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Luz no horizonte e espinho na rosa


Luz no horizonte e espinho na rosa

por Jhonatan Almada

Existe apenas um espinho na rosa de Marina. Chama-se Sarney Filho, "entusiasta da candidatura" como se afirma no jornalão oficial dos Sarney aqui no Maranhão. Ele representa um cancro conservador prejudicial a um projeto de renovação e mudança que encarne as esperanças e expectativas frustradas com a lentidão das transformações realizadas pela gestão Lula da Silva ante a demanda gigantesca da sociedade, especialmente a desigualdade e exclusão social, e mais recentemente, uma demanda por ética na política, ainda inatendida ou mesmo ignorada.

Sob a luz da realidade política local (o Maranhão) a candidatura Dilma está umbilicalmente comprometida com a aliança mais a direita (extrapolada na figura dos senadores redivivos Sarney, Renan e Collor), a candidatura de Serra ainda que interessante guarda o ranço do elitismo paulista e juntamente com a candidatura do Aécio cheiram a velha e requentada "política do café-com-leite", cujo projeto social-democrata está esgotado no mundo todo.

Qual a justificativa para se defender que as melhores candidaturas são as dos governadores de Minas e São Paulo? Alguns dirão, é por força dos estados serem os maiores colégios eleitorais e economias estaduais do país. Os políticos desses estados dominam a vida republicana nacional e exercem a liderança presidencial, com as exceções do período getulista, da ditadura militar e do esquizofrênico Collor, desde sempre. Creio que seja a hora de mudar.

Mudança foi o tom da campanha presidencial de Obama nos Estados Unidos. Mudança que lá, mesmo lá, país referência dos democratas e dessa elite rasa daqui, é lenta e opera em navegação de cabotagem.

A candidatura de Marina poderá significar uma lufada de ventos novos na putrefa política nacional e no manjado quadro sucessório presidencial. Enfim é uma luz no horizonte essa notícia. Suas origens humildes e o fato de ter lutado na vida para chegar onde está, poderão restabelecer e religar a credibilidade dos brasileiros em relação a política, a democracia e a cidadania, tão desacreditada entre população pela turma do Sarney e choldra.

Na mesma proporção a nova geração de políticos maranhenses, com Bira, Franklin, Bembem, poderá encarnar essa necessária renovação ao desgastado cardápio de alternativas políticas viáveis, mudancistas e progressistas de que o Maranhão necessita, especialmente minha geração. Velhos arranjos, velhas alianças não convencerão por muito tempo, uma sociedade cada vez mais informada e crítica quanto ao comportamento ético dos políticos e administradores públicos.

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