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A depressão do Sarney

A depressão do Sarney (e do sarneisismo)

Soube que Sarney está em depressão. Pudera! Uma máscara cinzelada desde os anos 1950 caiu de forma tão acachapante que os fragmentos ainda se espalham e nem o trabalho de todos os seus catadores e o choro de todas as carpideiras poderão desanuviar.

O governo ilegítimo (e itinerário) de Roseana Sarney se especializa em parir pirotecnias a cada novo dia dessa noite que cobre o Maranhão desde o golpe. Com galhardia anunciaram o fim do subsídio. Se alguém se deu o trabalho de ler a Medida Provisória, sim meus amigos, Medida Provisória, instrumento tão criticado pela grande família política quando usado por outros que não eles, ele (o subsídio) está mantido para os Auditores, Defensores, Policiais e Bombeiros com a incrível explicação do Sr. Luciano Moreira: “para algumas categorias o subsídio é constitucional”.

Apenas na Constituição do Sr. Luciano, na do Brasil, aquela que fez 20 anos em 2008, está assim: “Art. 39, § 4º - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados por subsídio fixado em parcela única...” e segue: “§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º” [grifo e negrito nosso].

Enquanto isso, no Senado, o Fernando Sarney, o filho, negocia para sua filha (neta) com o pai (avô), o Sarney, mais um cargo público. A transcrição do áudio está no Estadão e as gravações disponíveis na internet.

Onde estão os pássaros de Rubem Alves?

Delenda est Sarney.

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