TEMPO, MISSÃO E LEGADO
Jhonatan Almada, historiador
Assisti à palestra de Antonio Cândido na Escola Nacional "Florestan Fernandes", instituição de formação muito criticada por certa mídia brasileira. A palestra data de dezembro de 2009. Ao se referir a Florestan Fernandes ele cita trecho do sermão de um padre dominicano: "O grande homem é aquele que descobre quais são as necessidades fundamentais de seu tempo e consagra a elas a sua vida". Assim ele compreendeu o legado e a figura histórica de Florestan Fernandes.
Estamos no Maranhão. Vivemos aqui. Quais são as necessidades fundamentais do nosso tempo? Podemos melhorar a pergunta: quais são os desafios fundamentais do nosso tempo (i)?
Vejo que um primeiro desafio é desenvolver a democracia entre nós (I). Indispensável que os avanços democráticos cheguem concretamente ao Maranhão. Que de fato nossa cultura política se afaste cada vez mais dos elementos patrimonialistas e fisiológicos tão fortes. O respeito às decisões tomadas nas consultas populares e nos Conselhos de Políticas Públicas é elemento crucial.
Um segundo, fundamental, ligado ao primeiro, é atingirmos a alternância do poder político (II). Enquanto não compreendermos que uma das problemáticas que nos cinge e nos emperra é a dominância de um mesmo grupo político por décadas seguidas, se reproduzindo à custa da exclusão permanente de milhões de maranhenses, dificilmente poderemos mudar. De fato, se a população não compreender que o projeto liderado por Roseana Sarney jamais responderá as questões do nosso tempo, por que implicaria em revelar o vazio do próprio projeto, apenas simulacros de projetos pessoais de poder, a mudança demorará. Nada mais contraditório do que dizer que esse projeto é pautado no planejamento, posto que a inexistência ou a efemeridade de planejamento mais lhe caracterize enquanto governante. O que há é tão somente o ir fazendo e fazendo o que traz benefícios imediatos e mediatos, tanto político-eleitorais, quanto garantidores da própria reprodução.
Um terceiro é mudarmos profundamente as instituições e estruturas do Estado no Maranhão (III). Enquanto prevalecer a lógica do espontaneísmo, do engessamento, do burocratismo, do exército de terceirizados e comissionados, nunca teremos uma concretude estatal que sirva ao bem comum. A refundação do Estado é bandeira primicial. Provavelmente muitos, não convencidos dos êxitos experimentados por Venezuela, Cuba, Equador e Bolívia, olharão o termo com desconfiança conservadora, dominados pelo medo da liberdade e apegados a vontade de serem opressores, mesmo hora sendo oprimidos.
A consolidação de um projeto estadual de desenvolvimento originado em amplo consenso e efetiva articulação da sociedade é um quarto desafio (IV). Mais ainda do que apresentar tal projeto, imprescindível é a sua execução. O Maranhão já experimentou dezenas de projetos inconsistentes sob a égide da oligarquia, nenhum o desenvolveu, apenas aumentou o patrimônio dos donos do poder e usurpou o sonho de uma vida próspera e digna de muitas gerações. É importante conjugar o fazer imediato com o erigir para as novas gerações, antecipar os problemas, não resolvê-los no afogadilho. A expansão da economia dos municípios, a dinamização dessa economia, a prevalência do local, dos projetos locais é que darão o ritmo, sem perder a visão do todo.
Não é coincidência que esses elementos são basilares no plano de governo do candidato Jackson Lago. A meu ver é o único político que levantou essas bandeiras na história recente. Também é o único com persistente coerência e obstinação para fazê-lo. A missão (ii) que se propôs é transformadora da realidade por que não é solitária, mas tecida de ações, sonhos e povo. O resgate da dignidade do eleitor maranhense (1), o fim da oligarquia (2) e a garantia de futuro às novas gerações (3) são no conjunto a missão de vida que move Jackson Lago, daí considerá-lo um grande homem, permanentemente na luta. Esse será seu legado (iii), legado do novo governo do Maranhão que sairá vitorioso das urnas em outubro próximo, quando a coligação O POVO É MAIOR chegar ao poder pelas mãos do povo.
Jhonatan Almada, historiador
Assisti à palestra de Antonio Cândido na Escola Nacional "Florestan Fernandes", instituição de formação muito criticada por certa mídia brasileira. A palestra data de dezembro de 2009. Ao se referir a Florestan Fernandes ele cita trecho do sermão de um padre dominicano: "O grande homem é aquele que descobre quais são as necessidades fundamentais de seu tempo e consagra a elas a sua vida". Assim ele compreendeu o legado e a figura histórica de Florestan Fernandes.
Estamos no Maranhão. Vivemos aqui. Quais são as necessidades fundamentais do nosso tempo? Podemos melhorar a pergunta: quais são os desafios fundamentais do nosso tempo (i)?
Vejo que um primeiro desafio é desenvolver a democracia entre nós (I). Indispensável que os avanços democráticos cheguem concretamente ao Maranhão. Que de fato nossa cultura política se afaste cada vez mais dos elementos patrimonialistas e fisiológicos tão fortes. O respeito às decisões tomadas nas consultas populares e nos Conselhos de Políticas Públicas é elemento crucial.
Um segundo, fundamental, ligado ao primeiro, é atingirmos a alternância do poder político (II). Enquanto não compreendermos que uma das problemáticas que nos cinge e nos emperra é a dominância de um mesmo grupo político por décadas seguidas, se reproduzindo à custa da exclusão permanente de milhões de maranhenses, dificilmente poderemos mudar. De fato, se a população não compreender que o projeto liderado por Roseana Sarney jamais responderá as questões do nosso tempo, por que implicaria em revelar o vazio do próprio projeto, apenas simulacros de projetos pessoais de poder, a mudança demorará. Nada mais contraditório do que dizer que esse projeto é pautado no planejamento, posto que a inexistência ou a efemeridade de planejamento mais lhe caracterize enquanto governante. O que há é tão somente o ir fazendo e fazendo o que traz benefícios imediatos e mediatos, tanto político-eleitorais, quanto garantidores da própria reprodução.
Um terceiro é mudarmos profundamente as instituições e estruturas do Estado no Maranhão (III). Enquanto prevalecer a lógica do espontaneísmo, do engessamento, do burocratismo, do exército de terceirizados e comissionados, nunca teremos uma concretude estatal que sirva ao bem comum. A refundação do Estado é bandeira primicial. Provavelmente muitos, não convencidos dos êxitos experimentados por Venezuela, Cuba, Equador e Bolívia, olharão o termo com desconfiança conservadora, dominados pelo medo da liberdade e apegados a vontade de serem opressores, mesmo hora sendo oprimidos.
A consolidação de um projeto estadual de desenvolvimento originado em amplo consenso e efetiva articulação da sociedade é um quarto desafio (IV). Mais ainda do que apresentar tal projeto, imprescindível é a sua execução. O Maranhão já experimentou dezenas de projetos inconsistentes sob a égide da oligarquia, nenhum o desenvolveu, apenas aumentou o patrimônio dos donos do poder e usurpou o sonho de uma vida próspera e digna de muitas gerações. É importante conjugar o fazer imediato com o erigir para as novas gerações, antecipar os problemas, não resolvê-los no afogadilho. A expansão da economia dos municípios, a dinamização dessa economia, a prevalência do local, dos projetos locais é que darão o ritmo, sem perder a visão do todo.
Não é coincidência que esses elementos são basilares no plano de governo do candidato Jackson Lago. A meu ver é o único político que levantou essas bandeiras na história recente. Também é o único com persistente coerência e obstinação para fazê-lo. A missão (ii) que se propôs é transformadora da realidade por que não é solitária, mas tecida de ações, sonhos e povo. O resgate da dignidade do eleitor maranhense (1), o fim da oligarquia (2) e a garantia de futuro às novas gerações (3) são no conjunto a missão de vida que move Jackson Lago, daí considerá-lo um grande homem, permanentemente na luta. Esse será seu legado (iii), legado do novo governo do Maranhão que sairá vitorioso das urnas em outubro próximo, quando a coligação O POVO É MAIOR chegar ao poder pelas mãos do povo.
Muy interesante el blog. Me ha permitido conocer y comprender características de la situación histórica y cultural que vive Maranhão. Saludos cordiales.
ResponderExcluirLidia Barboza Norbis http://lidia2007.blogspot.com
Gracias Lidia, fuerte abrazo!
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