Pular para o conteúdo principal

Os devaneios navais dos Sarney

Os devaneios navais dos Sarney

A menos que exista um monte de engenheiros navais desempregados no Maranhão e um grande contingente de maranhenses marinheiros dando sopa, o que não é o caso, essa base naval não tem importância alguma, pelo menos positiva, no curto e médio prazo, para as especificidades e características econômicas e sociais locais. Será mais um enclave que se comunica para fora e com a plutocracia, mais certo ainda – não é para agora, não foi articulado pelo Governo Roseana Sarney e integra o planejamento da Estratégia Nacional de Defesa-END que tenho absoluta certeza, os sarneysista-roseanistas, não tem idéia do que seja, pois foram os que mais boicotaram o ex-ministro Mangabeira Unger, mentor daquela, durante sua gestão.

Segundo informações do site Poder Naval (http://www.naval.com.br/): “’O poder naval brasileiro poderá desaparecer até 2025, se até lá não houver novos investimentos em equipamentos.’ O alerta foi dado pelo comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, em audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), no dia 16 de agosto de 2007.

O Programa de Reaparelhamento da Marinha requer um investimento de R$ 5,8 bilhões ao longo do período de 2008 a 2014 e ainda não foi aprovado. As prioridades iniciais do programa, segundo o comandante, são a construção de submarinos e navios-patrulha e a aquisição de helicópteros.”

A continuar assim, até loja das Casas Bahia que resolver abrir aqui no Maranhão, com o devido respeito à Marinha do Brasil pela comparação estapafúrdia, vão dizer que é mais uma realização do Governo Roseana Sarney. Base naval é escolha técnica e estratégica, não superficial e político-eleitoral.

A quem interessar possa e quiser ler a Estratégia Nacional de Defesa-END, documento desconhecido pelos “técnicos” e políticos do Governo Roseana Sarney, o site é:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6703.htm

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BANQUE O DURO, MEU CHEFE

BANQUE O DURO , MEU CHEFE ! Por Raimundo Palhano Não deixe o seu lugar. Foi o conselho do venerável Bita do Barão de Guaré ao presidente do Senado, José Sarney, que, ao que parece, está sendo levado extremamente a sério. Quem ousaria desconsiderá-lo? Afinal, não se trata de um simples palpite. Estamos frente à opinião de um sumo sacerdote do Terecô, um mito vivo para o povo de Codó e muitos outros lugares deste imenso Maranhão. Um mago que, além de Ministro de Culto Religioso, foi agraciado pelo próprio Sarney, nos tempos de presidência da República, com o título de Comendador do Brasil, galardão este acessível a um pequenino grupo de brasileiros. Segundo a Época de 18.02.2002, estamos falando do pai de santo mais bem sucedido, respeitado, amado e temido do Maranhão. Com toda certeza o zelador de santo chegou a essa conclusão consultando seus deuses e guias espirituais. Vale recordar que deles já havia recebido a mensagem de que o Senador tem o “corpo fechado”. Ketu,...

A Educação do Brasil

A Educação do Brasil: cinco contrapontos necessários Este livro é fruto de um esforço de sistematização sobre cinco questões relevantes presentes no debate sobre a educação pública do Brasil e que tenho abordado em aulas, conferências e intervenções públicas, sobretudo para estudantes na Universidad Autónoma de Baja California (UABC), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Centro Universitário IESB, Universidade Estadual de Roraima (UERR), Centro Universitário UNDB, Faculdade Santa Luzia e Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Portanto, há uma postura didática na minha escrita para responder às seguintes perguntas: 1. Existe só descontinuidade nas políticas educacionais brasileiras? 2. A infraestrutura escolar não importa para a qualidade do ensino? 3. Sobra recurso e falta gestão na educação pública? 4. A qualidade do ensino se resume aos resultados das avaliações? 5. As escolas militares são solução para os problemas da educação pública? Organizei as respostas para essas p...

Faltam recursos e gestão na educação

É sempre necessário lembrar Celso Furtado quando disse que economia sem ciência social é pura álgebra, assim se pode compreender o texto do economista Marcos Mendes publicado dia 1º de novembro na Folha Mendes se volta contra a expansão da complementação federal ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb, por ter sido supostamente incapaz de entregar resultados melhores em exames como o PISA, avaliação internacional amostral. O aumento da participação federal no Fundeb de 10% para 23% foi previsto pela Emenda do Fundeb permanente em 2020 (EC 108), mas ainda não foi concluído, porque está escalonado para ocorrer paulatinamente de 2021 até 2026. Todavia Marcos Mendes se apressa em avaliar a mudança desde já, como se já estivesse plenamente implementada há décadas. O autor ignora ou deliberadamente desconsidera que reformas educacionais não produzem efeitos imediatos, tampouco são automáticas, porque demandam enraiza...