Os professores são o centro da qualidade do processo educativo, portanto, formá-los bem é estratégico para qualquer sistema ou rede. O Anuário da Educação Básica Brasileira do movimento Todos pela Educação nos traz elementos da evolução recente e os desafios pendentes.
A profissão docente é essencialmente feminina. Dos 2,2 milhões professores da educação básica, 1,78 milhão são mulheres, essa prevalência ocorre em todas as etapas, da educação infantil ao ensino médio. A educação superior apresenta quase inversão, com maior presença masculina.
O número de professores com nível superior vem crescendo ao longo dos últimos dez anos, algo muito positivo, quase 80% dos professores da educação básica tem titulação de nível superior. É claro que esse dado geral esconde as disparidades regionais, ainda por serem superadas, sobretudo nas redes estaduais e municipais dos estados menos desenvolvidos.
A formação continuada ou a busca permanente por qualificação dos professores da educação básica ainda é um desafio pendente. Somente 36,9% dos professores possuem pós-graduação. Percentual que na rede federal é de 78,5%, notadamente os Institutos Federais. Eis um fator que está ligado aos indicadores de excelência que a Rede Federal obtém em avaliações internacionais como o PISA.
Norte e Nordeste são as duas regiões com maior proporção de professores que ministram disciplinas sem possuir a formação superior compatível. Problema antigo que dificulta o avanço na aprendizagem dos estudantes. A enorme dificuldade de gestão de informações é um dos fios desse novelo, perguntas como: quantos são os professores, onde estão, qual sua formação, que disciplinas ministram, qual a carga horária, não conseguem ser respondidas. Se o professor não sabe, como irá ensinar? Se a gestão não sabe dos professores, quem saberá?
A distorção de ministrar conteúdos para os quais não foram formados é acompanhada da baixa qualidade dos cursos de formação de professores. Como não resolver esse problema? Ignorar todos os estudos que apontam para a necessidade de melhorar o currículo dos cursos e se escorar em Programas temporários como Residência Pedagógica ou PIBID, os quais são relevantes e tem seu mérito. Contudo, o acessório não pode ser o principal, não é o chocalho que balança a canela.
Apesar da melhoria da remuneração dos professores desde a Lei do Piso Salarial Nacional, a média de rendimento é inferior aos dos demais profissionais com formação em nível superior, os professores ganham em média 69,8% daquilo que esses outros profissionais recebem. Se isso não é resolvível no médio prazo em face da crise conjuntural que atravessamos, outras formas de valorização e reconhecimento poderiam ser acionadas, não basta dinheiro para motivar as pessoas.
Por fim, os professores são o elemento mais estratégico para a qualidade, os problemas a serem enfrentados são conhecidos e não faltam estudos competentes sobre esse tema. É lamentável que ainda sejamos corroídos pelo amadorismo e o afogadilho. Os indicadores evidenciam o divórcio entre o problema existente e as soluções possíveis.
A profissão docente é essencialmente feminina. Dos 2,2 milhões professores da educação básica, 1,78 milhão são mulheres, essa prevalência ocorre em todas as etapas, da educação infantil ao ensino médio. A educação superior apresenta quase inversão, com maior presença masculina.
O número de professores com nível superior vem crescendo ao longo dos últimos dez anos, algo muito positivo, quase 80% dos professores da educação básica tem titulação de nível superior. É claro que esse dado geral esconde as disparidades regionais, ainda por serem superadas, sobretudo nas redes estaduais e municipais dos estados menos desenvolvidos.
A formação continuada ou a busca permanente por qualificação dos professores da educação básica ainda é um desafio pendente. Somente 36,9% dos professores possuem pós-graduação. Percentual que na rede federal é de 78,5%, notadamente os Institutos Federais. Eis um fator que está ligado aos indicadores de excelência que a Rede Federal obtém em avaliações internacionais como o PISA.
Norte e Nordeste são as duas regiões com maior proporção de professores que ministram disciplinas sem possuir a formação superior compatível. Problema antigo que dificulta o avanço na aprendizagem dos estudantes. A enorme dificuldade de gestão de informações é um dos fios desse novelo, perguntas como: quantos são os professores, onde estão, qual sua formação, que disciplinas ministram, qual a carga horária, não conseguem ser respondidas. Se o professor não sabe, como irá ensinar? Se a gestão não sabe dos professores, quem saberá?
A distorção de ministrar conteúdos para os quais não foram formados é acompanhada da baixa qualidade dos cursos de formação de professores. Como não resolver esse problema? Ignorar todos os estudos que apontam para a necessidade de melhorar o currículo dos cursos e se escorar em Programas temporários como Residência Pedagógica ou PIBID, os quais são relevantes e tem seu mérito. Contudo, o acessório não pode ser o principal, não é o chocalho que balança a canela.
Apesar da melhoria da remuneração dos professores desde a Lei do Piso Salarial Nacional, a média de rendimento é inferior aos dos demais profissionais com formação em nível superior, os professores ganham em média 69,8% daquilo que esses outros profissionais recebem. Se isso não é resolvível no médio prazo em face da crise conjuntural que atravessamos, outras formas de valorização e reconhecimento poderiam ser acionadas, não basta dinheiro para motivar as pessoas.
Por fim, os professores são o elemento mais estratégico para a qualidade, os problemas a serem enfrentados são conhecidos e não faltam estudos competentes sobre esse tema. É lamentável que ainda sejamos corroídos pelo amadorismo e o afogadilho. Os indicadores evidenciam o divórcio entre o problema existente e as soluções possíveis.
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