As eleições de 2012, além de seu valor intrínseco, constituem-se em importante prévia para o pleito de 2014, razão pela qual todos os partidos que aspiram influir nos destinos do Maranhão estão mobilizando suas forças para participar do certame, com especial atenção para a capital maranhense.
Por onde deve caminhar o PDT nas eleições de São Luís? Apoiar o PSDB, como fez em 2008, no segundo turno e, neste caso, emprestar-lhe o vice, como querem uns poucos companheiros? Coligar-se com um bom número de partidos do campo progressista, aí, também, contentando-se com uma candidatura a vice? Ou lançar candidatura própria para recuperar o legado histórico do Partido, como entende o seio maduro da agremiação?
Vamos examinar cada uma das alternativas de per si: a primeira delas, coligar-se com o PSDB na provável candidatura à reeleição do Prefeito João Castelo, oferecendo-lhe o candidato a vice (se isso for do desejo do senhor Prefeito) a quem isto interessaria? Não falta ao PDT experiência de vice-prefeitura, daí que os eventuais benefícios dessa alternativa podem ser bem avaliados pelo conjunto dos companheiros.
Além disso, ao convidar filiados do PDT para compor o seu governo, o Prefeito tem deixado claro que o convite não se estende à Instituição, mas se limita ao convidado, razão pela qual, até onde percebo, o Partido não se sente partícipe da sua administração. Nem vamos aqui colocar lenha na fogueira ao registrar os descuidos de linguagem de S. Exa. ao afirmar em discursos repetidos que São Luís não tinha prefeitos desde o tempo de dona Gardênia.
Não difere muito da primeira a segunda opção, qual seja a de coligarmos com outros partidos do campo progressista, também aí oferecendo o vice (se quiserem). Neste caso, careceria conhecermos o titular da chapa, posto que há nomes que não merecem exame da parte do Partido. Claro que a (im) provável candidatura de Flávio Dino, atual campeão das pesquisas, obrigaria todos a repensarem suas posições. Parece-me, contudo, que Dino guarda suas intenções de voto numa grande gaveta para deles “usufruir” mais tarde. É natural que a morte prematura do seu filho – que todos lamentamos – exerça influência imponderável na sua decisão.
A candidatura própria, última alternativa a ser analisada, tem ganhado a simpatia de muitos, senão da maioria dos companheiros, por alguns motivos: o PDT continua sendo o maior e mais organizado partido de esquerda do Maranhão e de São Luís; é depositário do legado de ter assumido quatro vezes a Prefeitura de São Luís, com administrações exitosas, inclusive, no caso do companheiro Jackson Lago, considerado três vezes o melhor prefeito de capitais do Brasil; reúne equipe com larga experiência de administração pública e conhecedora dos complexos problemas do município; dispõe de quadros de estatura política e moral para a disputa, entre eles, mas a eles não se restringindo, dra. Clay Lago, doutor Igor Lago, doutor Clodomir Paz, professor Moacir Feitosa, doutora Sandra Torres e o ex-ministro Edson Vidigal, este, aliás, testado recentemente em duas eleições majoritárias (governador e senador) com ótimo desempenho; o fato, já assinalado, de que a maioria dos militantes e de muitas das principais lideranças do Partido se inclinarem por esta opção.
Em qualquer dos casos, é absolutamente necessário, imprescindível mesmo, que o Partido busque eleger uma grande bancada de vereadores, que possa fiscalizar com correção e ética os atos do Prefeito eleito, além de propor projetos com o selo de nossa tradição histórica. Aqui, então, temos bons nomes com experiência parlamentar e dezenas de outros com razoável desempenho eleitoral.
O ano político de 2012 começou cedo, com movimentações tanto na seara da oposição como nos campos situacionistas. Como o PDT, diversos partidos vivenciam divergências internas que precisam ser superadas se quiserem influir no pleito municipal, falando uma linguagem única, em vez de uma ou outra ala apenas comprometer-se com as táticas e estratégias para o próximo pleito.
Por Aziz Santos
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