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Mostrando postagens de julho, 2019

O NAVIO DA EDUCAÇÃO

Foi lançado o Compromisso Nacional pela Educação Básica como iniciativa do Ministério da Educação-MEC, Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação-CONSED e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME, faço alguns comentários sobre documento, primeira agenda de política educacional do atual Governo. O primeiro elemento a se considerar é que qualquer programa, projeto ou ação na área de educação, obrigatoriamente, precisa estar referido às metas do Plano Nacional de Educação ou seus correlatos em âmbito estadual e municipal, sem isso, a lei perde o sentido e vira letra morta. Após 6 meses sem rumo na área de educação, o Governo finalmente disse o que pretende. As ações propostas estão apoiadas em evidências. A ideia de visão de futuro é algo muito positivo, para fazer um coletivo avançar e aceitar ser liderado é preciso explicar o onde se quer chegar. O navio não chega ao porto sem rota. Tornar o Brasil referência em educação básica na América Latina até 2030

OS PROFESSORES SÃO O CENTRO DA QUALIDADE

Os professores são o centro da qualidade do processo educativo, portanto, formá-los bem é estratégico para qualquer sistema ou rede. O Anuário da Educação Básica Brasileira do movimento Todos pela Educação nos traz elementos da evolução recente e os desafios pendentes. A profissão docente é essencialmente feminina. Dos 2,2 milhões professores da educação básica, 1,78 milhão são mulheres, essa prevalência ocorre em todas as etapas, da educação infantil ao ensino médio. A educação superior apresenta quase inversão, com maior presença masculina. O número de professores com nível superior vem crescendo ao longo dos últimos dez anos, algo muito positivo, quase 80% dos professores da educação básica tem titulação de nível superior. É claro que esse dado geral esconde as disparidades regionais, ainda por serem superadas, sobretudo nas redes estaduais e municipais dos estados menos desenvolvidos. A formação continuada ou a busca permanente por qualificação dos professores da educação básica a

COMPROMISSO PELA EDUCAÇÃO BÁSICA

Hoje foi lançado o Compromisso Nacional pela Educação Básica como iniciativa do Ministério da Educação-MEC, Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação-CONSED e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME, faço alguns comentários sobre esse documento . 1. O primeiro elemento a se considerar é que qualquer programa, projeto ou ação na área de educação, obrigatoriamente, precisa estar referido às metas do Plano Nacional de Educação ou seus documentos correlatos em âmbito estadual e municipal, sem isso, a lei não faz sentido. 2. Após 6 meses sem rumo na área de educação, o Governo atual finalmente disse o que será feito. As ações propostas estão apoiadas em evidências e não mais em ideologias, exceção se faz ao projeto de escolas cívico-militares. Essas escolas são para poucos e excluem pelo seletivo. 3. A ideia de visão de futuro é algo muito positivo, para fazer um coletivo avançar e aceitar ser liderado é preciso explicar o onde se quer chegar. O na

A CRISE DE APRENDIZAGEM

Comentarei sobre os dados e informações do Anuário Brasileiro da Educação Básica, ótimo documento produzido pelo movimento Todos pela Educação e que traz os nossos principais desafios à luz das metas do Plano Nacional de Educação, por agora abordo pontos que me chamaram atenção. Em primeiro lugar, o gigantismo da rede pública de educação básica: 39,4 milhões de matrículas, 2,2 milhões de professores e 141 mil escolas. Rede dessa magnitude não permite amadorismo ou tentativa e erro como eixos de qualquer trabalho que queira ser levado a sério. A educação profissional continua alijada como alternativa para o ensino médio, apesar da expansão dos últimos anos, 1,13 milhão de matrículas da educação profissional para 6,7 milhões de matrículas no ensino médio da rede pública. A expansão da oferta é o problema central ainda. Os mais pobres dependem da escola pública, a classe média também. Pelo menos 31,8% das matrículas apontam para nível socioeconômico médio e 23,1% médio-alto. É lamentáve

APRENDIZADOS PARA NOVAS NAVEGAÇÕES

Esta semana as avaliações internacionais reafirmaram algo que os resultados de desempenho da Rede Federal de Educação Profissional já apontavam. A Fundação Lemann trouxe o PISA-S, exame da Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico-OCDE, com recorte para a avaliação das escolas e o aplicou em escolas de 6 estados brasileiros. Chama a atenção o desempenho das escolas do Centro Paula Souza de São Paulo, co-irmão do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão- I EMA. O ensino médio integrado à educação profissional obteve excepcional resultado. O Centro Paula Souza é organizado em Etecs (nível médio) e Fatecs (nível superior). As Etecs avaliadas superaram Finlândia, Canadá e Japão em matemática, ciências e leitura. Escolas como a Etec Jardim Ângela localizada no bairro com quarto pior IDH da capital São Paulo. Laura Lagná que é a superintendente do Centro Paula Souza, destaca quatro aspectos para esse resultado: capacitação de professores em met