DISCURSO DA SOLENIDADE DE COLAÇÃO DE GRAU DOS CURSOS TÉCNICOS DO IEMA NA UNIDADE PLENA DE SÃO LUÍS
São Luís, 30 de janeiro de 2019
Uma grande noite a todos nós!
Cumprimento as autoridades presentes na equipe escolar da Unidade Plena de São Luís Centro, na pessoa do gestor geral professor Moisés, gestora administrativa professora Hildejane e o gestor pedagógico professor Jhonatan Camilo,
Cumprimento todas as famílias aqui presentes,
Cumprimento todos os professores e funcionários,
Cumprimento em especial todos os estudantes que colarão grau,
Senhoras e Senhores,
Esta colação de grau do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, o IEMA, ocorre no marco dos 4 anos de vida institucional completados dia 2 de janeiro de 2019. Foi uma longa e trabalhosa jornada para chegarmos a este dia.
Lembro bem do desafio de implantar esta Unidade em especial, desafio que nos consumiu, dois episódios exemplares: quando me ligaram avisando que “meus meninos” marchavam para o Palácio dos Leões reivindicando melhorias ou quando protestaram contra o uso de farda.
“Ninguém começa a ser educador numa terça-feira as quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, na prática e na reflexão sobre a prática”, como afirmou Paulo Freire. Os que desejam entrar no serviço público pensando em bônus sem ônus estão no lugar errado, não é trabalho de metade, há que se pôr inteiro. Tem alegrias e tristezas, contentamento e frustrações, indiferenças e reconhecimentos.
UMA HERANÇA DE DÉFICITS. Recebemos uma herança de déficits, este prédio com problemas de infraestrutura gravíssimos, elétricos, hidráulicos, de abastecimento de água, de escassez de banheiros.
Conseguimos realizar duas etapas da reforma, a que reabilitou o bloco pedagógico, salas administrativas, bibliotecas, salas de aula, a subestação de energia, o poço e reservatórios, os três pavimentos do prédio principal, rampas e o novo refeitório.
Não conseguimos concluir a terceira etapa com o bloco de atividades complementares, piscina, nova biblioteca e ginásio. ISSO ME DÓI, mas faz parte da conjuntura e acredito que venceremos.
“Há que remover a neve desta folha de papel”, como no poema de Bandeira Tribuzi. A neve foi removida e preenchemos este papel com 26 unidades plenas e vocacionais, 3.275 estudantes no ensino médio técnico integral, 26 mil maranhenses qualificados em 100 cidades, 1.165 medalhistas e premiados somente em 2018, a única pública reconhecida como Escola Associada da UNESCO.
Recordo e agradeço o governador FLÁVIO DINO que ousou criar uma nova instituição pública de ensino no Maranhão, o deputado federal BIRA DO PINDARÉ, fundador e quem inaugurou esta Unidade e à nossa equipe de gestão.
Esta Unidade teve sua origem na tentativa do Governo Jackson Lago de implantar escola integral no ensino médio do Maranhão, primeiro comprou este prédio dos Irmãos Marista, foi injustamente cassado e não pode concluir esse sonho. Depois o Governo Roseana Sarney implantou uma Escola de Tempo Integral, a recebemos como tal, E NÃO ERA.
Isso fez com que vocês meus caríssimos estudantes convivessem e sofressem com um projeto anterior que resistia a passar e não reconhecia a mudança do IEMA, NÃO OS CULPO. Em 2015, ninguém sabia sequer o que era IEMA, a desconfiança popular foi superada no tempo com trabalho duro, trabalho sério.
Por isso, a vocês ESTUDANTES, minhas mais respeitosas desculpas, sobretudo por essas dificuldades pelas que passaram e passamos, CONTUDO, PODEMOS e DEVEMOS nos orgulhar dos resultados alcançados.
Esta Unidade foi a mais procurada pelos 7 mil jovens que se inscreveram no processo seletivo do IEMA para 2019.
Convido aos que não entenderam essa jornada como PRISÃO e aqueles que não sentem esta colação como uma espécie de NOS LIVRAMOS DELES, me dirijo a àqueles e àquelas que viveram e de fato se sentiram transformados pelo IEMA.
Convido-os a ingressar na Associação de Ex-alunos do IEMA que cuidará de acompanhá-los, mas exigirá de vocês apoio para nos fortalecer e levar a mesma oportunidade para outros jovens do Maranhão.
SOMOS PRIVILEGIADOS, AINDA. Quando se mora na capital confundimos o Maranhão com São Luís, nos acostumamos a supervalorizar a cidade em detrimento das demais, como se a fartura daqui significasse a escassez de lá.
As diferentes opções, a exemplo das instituições educacionais públicas ou privadas existentes podem cegar, endurecer o coração e nos tornar arrogantes. Vejam, entre quase 320 mil estudantes de nível médio do Maranhão, somente 30.803 estão matriculados na educação profissional, o IEMA responde por 10,55% desse total.
Dia chegará em que todos os homens compreenderão que são todos irmãos, como desejou Maria Firmina dos Reis. Desenvolver um país é também enfrentar os privilégios, os privilegiados, fazer com que a OPORTUNIDADE seja para todos, eis aí um grande desafio, desafio de verdade para o protagonismo juvenil e nosso principal motivador no Governo Flávio Dino.
EDUCAÇÃO É TERRENO COMPLEXO, pensam que qualquer um, em qualquer tempo pode propor e fazer políticas públicas educacionais. É isso que o Brasil tem feito ao longo de sua história e pagamos o preço da descontinuidade, da enganação, das ideias fora do lugar, das repetições e da manutenção dos de debaixo, sempre mais abaixo.
Vocês realizaram o criativo Festival da Matemática, um dos momentos mais alegres que vivi nesta Unidade e talvez aquele que sintetiza o sonho do IEMA para esta GERAÇÃO. Somar forças, multiplicar e dividir as riquezas, diminuir as desigualdades, são as operações fundamentais para construirmos o Brasil e o Maranhão mais justos.
Senhores e senhoras familiares,
ESTA NOITE É DE CELEBRAÇÃO, COMEMORAÇÃO. Fizemos o máximo possível para que os filhos de vocês aprendessem. O nosso currículo não os preparou para exames pontuais, os preparou para a vida. Oferecemos educação profissional, científica e tecnológica para aprenderem a ser, a fazer, a conhecer e a viver juntos, educação integral para se tornarem sujeitos autônomos, solidários e competentes.
Eles ganharam o Mundo. Venceram competições, trouxeram medalhas, viajaram, encantaram, cantaram, dançaram, vibraram, apresentaram trabalhos, fizeram arte e ciência, nas salas de aula, laboratórios e nos espaços que inventados por seus meios. Estas paredes estão plenas de conquistas, troféus e prêmios que VOCÊS deixarão como legado para seus colegas.
Abrimos para todos os estudantes em todas as Unidades o mesmo mapa de oportunidades, cabe a cada um e cada uma, traçar as rotas que deseja e navegar inteligentemente nas suas escolhas.
Eis aqui uma primeira lição, tenham dedicação, sejam atentos, aperfeiçoam sua concentração, desenvolvam sua capacidade de foco, afastem os descaminhos para colher o sonho. Nada vem em bases sólidas sem dedicação, esforço e trabalho aplicado. NADA QUE VALHA A PENA.
O Brasil que incendeia museus e sufoca seus filhos na lama não gosta de regras. As regras são para os outros, para mim quero direitos e jeitos. Essa país é o que pensa – Não preciso cumprir as regras de manutenção e prevenção de incêndios ou ainda – Essa fiscalização é excessiva, a barragem nunca romperá.
Regras são importantes, eis a segunda lição. Protegem a todos nós, somos mortais, provisórios, as regras refletem os acúmulos de experiências e aprendizados anteriores. Não as cumprir e confundir isso com inovação é ERRO, grosseiro erro. É lamentável precisarmos de tragédias para aprender.
Senhores e Senhoras,
AQUI NASCEU O IEMA, foi nossa primeira inauguração, recebemos quatro Ministros de Estado neste prédio, Aloizio Mercadante, Fernando Haddad, Cláudia Costin e Roberto Amaral, acolhemos um dos maiores talentos musicais do Brasil, o querido Zeca Baleiro, nosso professor honorário.
Inspiração, inspirar para nos mover rumo ao sonho. Todas essas pessoas que estiveram aqui nos ensinaram, nos deixaram algo, intangível e subjetivo. O Maranhão não é a terra do fim do mundo e podemos sim erguer UMA INSTITUIÇÃO que busca a excelência e se orgulha do próprio trabalho e de mostrar esse trabalho.
Quem deseja ser o primeiro, deve servir a todos. Humildade, humildade para reconhecer os erros, as incompletudes e melhorar, revisar os rumos, FAZER FUTUROS, eis a última lição.
Viva o IEMA!
Viva o Maranhão!
Viva o Brasil!
Viva os protagonistas formados pelo IEMA nesta noite!
São Luís, 30 de janeiro de 2019
Uma grande noite a todos nós!
Cumprimento as autoridades presentes na equipe escolar da Unidade Plena de São Luís Centro, na pessoa do gestor geral professor Moisés, gestora administrativa professora Hildejane e o gestor pedagógico professor Jhonatan Camilo,
Cumprimento todas as famílias aqui presentes,
Cumprimento todos os professores e funcionários,
Cumprimento em especial todos os estudantes que colarão grau,
Senhoras e Senhores,
Esta colação de grau do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, o IEMA, ocorre no marco dos 4 anos de vida institucional completados dia 2 de janeiro de 2019. Foi uma longa e trabalhosa jornada para chegarmos a este dia.
Lembro bem do desafio de implantar esta Unidade em especial, desafio que nos consumiu, dois episódios exemplares: quando me ligaram avisando que “meus meninos” marchavam para o Palácio dos Leões reivindicando melhorias ou quando protestaram contra o uso de farda.
“Ninguém começa a ser educador numa terça-feira as quatro horas da tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, na prática e na reflexão sobre a prática”, como afirmou Paulo Freire. Os que desejam entrar no serviço público pensando em bônus sem ônus estão no lugar errado, não é trabalho de metade, há que se pôr inteiro. Tem alegrias e tristezas, contentamento e frustrações, indiferenças e reconhecimentos.
UMA HERANÇA DE DÉFICITS. Recebemos uma herança de déficits, este prédio com problemas de infraestrutura gravíssimos, elétricos, hidráulicos, de abastecimento de água, de escassez de banheiros.
Conseguimos realizar duas etapas da reforma, a que reabilitou o bloco pedagógico, salas administrativas, bibliotecas, salas de aula, a subestação de energia, o poço e reservatórios, os três pavimentos do prédio principal, rampas e o novo refeitório.
Não conseguimos concluir a terceira etapa com o bloco de atividades complementares, piscina, nova biblioteca e ginásio. ISSO ME DÓI, mas faz parte da conjuntura e acredito que venceremos.
“Há que remover a neve desta folha de papel”, como no poema de Bandeira Tribuzi. A neve foi removida e preenchemos este papel com 26 unidades plenas e vocacionais, 3.275 estudantes no ensino médio técnico integral, 26 mil maranhenses qualificados em 100 cidades, 1.165 medalhistas e premiados somente em 2018, a única pública reconhecida como Escola Associada da UNESCO.
Recordo e agradeço o governador FLÁVIO DINO que ousou criar uma nova instituição pública de ensino no Maranhão, o deputado federal BIRA DO PINDARÉ, fundador e quem inaugurou esta Unidade e à nossa equipe de gestão.
Esta Unidade teve sua origem na tentativa do Governo Jackson Lago de implantar escola integral no ensino médio do Maranhão, primeiro comprou este prédio dos Irmãos Marista, foi injustamente cassado e não pode concluir esse sonho. Depois o Governo Roseana Sarney implantou uma Escola de Tempo Integral, a recebemos como tal, E NÃO ERA.
Isso fez com que vocês meus caríssimos estudantes convivessem e sofressem com um projeto anterior que resistia a passar e não reconhecia a mudança do IEMA, NÃO OS CULPO. Em 2015, ninguém sabia sequer o que era IEMA, a desconfiança popular foi superada no tempo com trabalho duro, trabalho sério.
Por isso, a vocês ESTUDANTES, minhas mais respeitosas desculpas, sobretudo por essas dificuldades pelas que passaram e passamos, CONTUDO, PODEMOS e DEVEMOS nos orgulhar dos resultados alcançados.
Esta Unidade foi a mais procurada pelos 7 mil jovens que se inscreveram no processo seletivo do IEMA para 2019.
Convido aos que não entenderam essa jornada como PRISÃO e aqueles que não sentem esta colação como uma espécie de NOS LIVRAMOS DELES, me dirijo a àqueles e àquelas que viveram e de fato se sentiram transformados pelo IEMA.
Convido-os a ingressar na Associação de Ex-alunos do IEMA que cuidará de acompanhá-los, mas exigirá de vocês apoio para nos fortalecer e levar a mesma oportunidade para outros jovens do Maranhão.
SOMOS PRIVILEGIADOS, AINDA. Quando se mora na capital confundimos o Maranhão com São Luís, nos acostumamos a supervalorizar a cidade em detrimento das demais, como se a fartura daqui significasse a escassez de lá.
As diferentes opções, a exemplo das instituições educacionais públicas ou privadas existentes podem cegar, endurecer o coração e nos tornar arrogantes. Vejam, entre quase 320 mil estudantes de nível médio do Maranhão, somente 30.803 estão matriculados na educação profissional, o IEMA responde por 10,55% desse total.
Dia chegará em que todos os homens compreenderão que são todos irmãos, como desejou Maria Firmina dos Reis. Desenvolver um país é também enfrentar os privilégios, os privilegiados, fazer com que a OPORTUNIDADE seja para todos, eis aí um grande desafio, desafio de verdade para o protagonismo juvenil e nosso principal motivador no Governo Flávio Dino.
EDUCAÇÃO É TERRENO COMPLEXO, pensam que qualquer um, em qualquer tempo pode propor e fazer políticas públicas educacionais. É isso que o Brasil tem feito ao longo de sua história e pagamos o preço da descontinuidade, da enganação, das ideias fora do lugar, das repetições e da manutenção dos de debaixo, sempre mais abaixo.
Vocês realizaram o criativo Festival da Matemática, um dos momentos mais alegres que vivi nesta Unidade e talvez aquele que sintetiza o sonho do IEMA para esta GERAÇÃO. Somar forças, multiplicar e dividir as riquezas, diminuir as desigualdades, são as operações fundamentais para construirmos o Brasil e o Maranhão mais justos.
Senhores e senhoras familiares,
ESTA NOITE É DE CELEBRAÇÃO, COMEMORAÇÃO. Fizemos o máximo possível para que os filhos de vocês aprendessem. O nosso currículo não os preparou para exames pontuais, os preparou para a vida. Oferecemos educação profissional, científica e tecnológica para aprenderem a ser, a fazer, a conhecer e a viver juntos, educação integral para se tornarem sujeitos autônomos, solidários e competentes.
Eles ganharam o Mundo. Venceram competições, trouxeram medalhas, viajaram, encantaram, cantaram, dançaram, vibraram, apresentaram trabalhos, fizeram arte e ciência, nas salas de aula, laboratórios e nos espaços que inventados por seus meios. Estas paredes estão plenas de conquistas, troféus e prêmios que VOCÊS deixarão como legado para seus colegas.
Abrimos para todos os estudantes em todas as Unidades o mesmo mapa de oportunidades, cabe a cada um e cada uma, traçar as rotas que deseja e navegar inteligentemente nas suas escolhas.
Eis aqui uma primeira lição, tenham dedicação, sejam atentos, aperfeiçoam sua concentração, desenvolvam sua capacidade de foco, afastem os descaminhos para colher o sonho. Nada vem em bases sólidas sem dedicação, esforço e trabalho aplicado. NADA QUE VALHA A PENA.
O Brasil que incendeia museus e sufoca seus filhos na lama não gosta de regras. As regras são para os outros, para mim quero direitos e jeitos. Essa país é o que pensa – Não preciso cumprir as regras de manutenção e prevenção de incêndios ou ainda – Essa fiscalização é excessiva, a barragem nunca romperá.
Regras são importantes, eis a segunda lição. Protegem a todos nós, somos mortais, provisórios, as regras refletem os acúmulos de experiências e aprendizados anteriores. Não as cumprir e confundir isso com inovação é ERRO, grosseiro erro. É lamentável precisarmos de tragédias para aprender.
Senhores e Senhoras,
AQUI NASCEU O IEMA, foi nossa primeira inauguração, recebemos quatro Ministros de Estado neste prédio, Aloizio Mercadante, Fernando Haddad, Cláudia Costin e Roberto Amaral, acolhemos um dos maiores talentos musicais do Brasil, o querido Zeca Baleiro, nosso professor honorário.
Inspiração, inspirar para nos mover rumo ao sonho. Todas essas pessoas que estiveram aqui nos ensinaram, nos deixaram algo, intangível e subjetivo. O Maranhão não é a terra do fim do mundo e podemos sim erguer UMA INSTITUIÇÃO que busca a excelência e se orgulha do próprio trabalho e de mostrar esse trabalho.
Quem deseja ser o primeiro, deve servir a todos. Humildade, humildade para reconhecer os erros, as incompletudes e melhorar, revisar os rumos, FAZER FUTUROS, eis a última lição.
Viva o IEMA!
Viva o Maranhão!
Viva o Brasil!
Viva os protagonistas formados pelo IEMA nesta noite!
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