A volta dos russos no cinema americano
O cinema americano holywoodiano parece que está resgatando o principal adversário americano ao longo do século XX - o socialismo. O socialismo resgatado foi o soviético, apresentado em filmes como X-Men - Primeira Classe.
Os soviéticos não são apresentados como adversários fundamentais, como nos filmes de James Bond. As diferenças entre o sistema capitalismo (a pretensa democracia e o falso mercado livre) e o socialista (sem esquecer o stalinismo) são relembradas de forma muito sutil, apenas o pano de fundo para as peripécias mutantes.
O essencial é que em determinado momento da história o "mundo livre" esteve sob ameaça de outro sistema. Em tempos de crescente mobilização social (países árabes, Espanha e Grécia), algumas delas com bandeiras claramente socialistas, outras perdidas nas pataquadas pós-modernas, é fundamental lembrar que "apesar de tudo" o capitalismo é o melhor sistema e mesmo sob ameaça sobreviveu ao projeto de socialismo real.
A filmografia americana recente (sobretudo a dos heróis da Marvel) se esforça por rejuvenescer a imagem de sociedade ideal e exemplar pela reapresentação do passado como algo tenebroso, a ser lembrado e rejeitado. Até quando vamos engolir a hegemonia cultural norte-americana em nosso país e continente? O questionamento político até agora alimentado pelos governos progressistas latino-americanos (Venezuela, Equador, Bolívia, principalmente) não conseguiu ainda nem arranhar tal hegemonia cultural.
No Brasil ela permanece incólume.
Jhonatan Almada, historiador
O cinema americano holywoodiano parece que está resgatando o principal adversário americano ao longo do século XX - o socialismo. O socialismo resgatado foi o soviético, apresentado em filmes como X-Men - Primeira Classe.
Os soviéticos não são apresentados como adversários fundamentais, como nos filmes de James Bond. As diferenças entre o sistema capitalismo (a pretensa democracia e o falso mercado livre) e o socialista (sem esquecer o stalinismo) são relembradas de forma muito sutil, apenas o pano de fundo para as peripécias mutantes.
O essencial é que em determinado momento da história o "mundo livre" esteve sob ameaça de outro sistema. Em tempos de crescente mobilização social (países árabes, Espanha e Grécia), algumas delas com bandeiras claramente socialistas, outras perdidas nas pataquadas pós-modernas, é fundamental lembrar que "apesar de tudo" o capitalismo é o melhor sistema e mesmo sob ameaça sobreviveu ao projeto de socialismo real.
A filmografia americana recente (sobretudo a dos heróis da Marvel) se esforça por rejuvenescer a imagem de sociedade ideal e exemplar pela reapresentação do passado como algo tenebroso, a ser lembrado e rejeitado. Até quando vamos engolir a hegemonia cultural norte-americana em nosso país e continente? O questionamento político até agora alimentado pelos governos progressistas latino-americanos (Venezuela, Equador, Bolívia, principalmente) não conseguiu ainda nem arranhar tal hegemonia cultural.
No Brasil ela permanece incólume.
Jhonatan Almada, historiador
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