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Mostrando postagens de agosto, 2015

AGENDA DA JUVENTUDE E O MESTRE GRACILIANO

Jhonatan Almada, historiador, escreve as sextas-feiras no Jornal Pequeno A síndrome do quadrado é um problema sério que acompanhou a implementação das políticas públicas materializadoras de direitos. Existe uma tendência a se apropriar desta ou daquela parte como um exclusivo colonial. Ninguém pode opinar ou se meter naquilo que penso ser meu quadrado, minha especialidade ou minha área de competência. Esse pensamento ao extremo leva ao gigantismo burocrático, aos conflitos paralisantes e a incapacidade de agir.  O grande desafio de quem tem responsabilidade de planejamento e gestão das políticas públicas é não se acovardar ante às vaidades e aos demarcadores de área. Um problema objeto de ação de uma determinada política pública não é como um território em que se chega e fincando bandeira toma-se como seu. A complexidade dos problemas exige ação intersetorial. Mais ainda, exige que os problemas sejam enfrentados. Não se pode esperar a boa vontade de agir de um ou de outro

DO URGENTE AO ESTRATÉGICO NO MARANHÃO

Jhonatan Almada, historiador, escreve as sextas-feiras no Jornal Pequeno   Passada em parte a turbulência política conjuntural e com velhos os usos e desusos do Estado para enriquecimento ilícito, recordo os gregos. O mais elevado objetivo da vida entre os antigos gregos era a “Timé ”, isto é, a estima social que o indivíduo obtém enquanto fruto de seus feitos e atitudes no passado e no presente. A Timé durante a vida tem como contrapartida o “Kléos ” no futuro. O Kléos é a fama como o mais elevado dos valores, a qual se obtém até com o sacrifício da própria vida, distante do conceito atual de fama. Não ser esquecido após a morte era considerado o máximo de aspiração individual. Reinventar a atividade dos homens de Estado como busca pelo bem comum e pela estima social como valores norteadores é um desafio cada vez mais visível, ante o descrédito dos políticos e das instituições representativas. Semanas intensas tem sido vivenciadas por aqueles e aquelas que carregam a re

ELOGIO À SERENIDADE

Jhonatan Almada, historiador, escreve as sextas-feiras no Jornal Pequeno Nos idos de 1971, Chu En-Lai, primeiro-ministro da China, afirmou para Kissinger, secretário de Estado americano que “existe tumulto abaixo do céu e temos oportunidade de acabar com isso”. Ainda que comporte uma visão elitista aponta para a necessidade de serenar os ânimos, hoje em ebulição no Brasil. Não é razoável e racional acreditar que jogando uns contra os outros, dividindo a sociedade em puros e corruptos, chegaremos a solucionar os problemas sociais que ainda sofremos, sobretudo a brutal desigualdade agravada pela corrupção. A nova crise econômica, de tantas que vivemos ao longo de nossa história, mas sempre apresentadas pela conjuntura como a definitiva ou a mais terrível, demanda união nacional em prol de uma agenda comum . Precisamos superar a era da denúncia e iniciarmos a era do anúncio. Não se faz política visando a eliminação do campo contrário ao nosso. Essa via leva ao nazismo. Não s