O mundo está mobilizado para combater a pandemia do coronavírus, todos os países tem lançado pacotes econômicos para assegurar proteção social e compensação dos prejuízos, em paralelo tem investido na rede de saúde para salvar vidas. O Brasil demorou a entender, mas parece que finalmente tomamos o rumo do bom senso. Não há exceção a essa regra e mesmo os últimos descrentes já se converteram ou foram curvados pela realidade.
A pergunta que muitos fazem é se poderíamos ter evitado tal situação ou pelo menos termos mais acúmulo para sua mitigação. Nosso país se caracteriza pelo improviso e voluntarismo, vantajosos em termos de criatividade e mídia social, problemáticos em termos de sustentabilidade e resolução.
Apesar de termos Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, não temos projetos nacionais de pesquisa para a solução de problemas específicos ou prioritários como Nação. Fiz isso com a ideia de Institutos Estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação-IECTs, não eram prédios, mas plataformas institucionais cujo objetivo era reunir pesquisadores, empresas e governo na solução de problemas concretos pela mobilização das inteligências e infraestrutura de pesquisa.
As ações do Ministério da Ciência e Tecnologia no combate ao coronavírus evidenciam e colhem parte do que foi plantado durante o Governo Lula. O investimento em C&T saiu de 64,1 bilhões de reais em 2004 para 101,5 bilhões em 2010, de 0,9% do Produto Interno Bruto-PIB passamos a aplicar 1,3% do PIB em 2010.
O Ministério anunciou 100 milhões de reais envolvendo chamada pública para pesquisas, encomendas tecnológicas, criação de Rede de pesquisadores e plataforma virtual. Você deve achar que isso é muito dinheiro, deixa eu te contar uma coisa: Não é. O valor anunciado é irrisório.
Vou exemplificar. A produção de uma única vacina que implica em etapas de pesquisa pré-clínicas e clínicas pode consumir até 2,6 bilhões de reais e um período médio de 12 anos para sua maturação científica. Isso envolve pesquisadores, infraestrutura de laboratórios, insumos, bolsas de pesquisa e cooperação internacional.
Quando temos situações de emergência como a da pandemia do coronavírus isso pode ser acelerado, reduzindo o tempo para até 18 meses, o chamado fast track. O Governo dos Estados Unidos e a empresa Johnson & Johnson anunciaram pacote de 1 bilhão de dólares (ou 5,2 bilhões de reais) para produzir a vacina contra o coronavírus. Vejam a diferença quando se prioriza a pesquisa para salvar vidas, o resto é brincadeira.
Compreendem por que não devemos cortar, contingenciar ou reter recursos da área de ciência, tecnologia e inovação? Compreendem por que não devemos ofender e perseguir pesquisadores e estudantes das nossas Universidades? Governos de partidos de esquerda, centro ou direita fizeram uma ou outra coisa ao longo dos últimos anos.
A pandemia veio para nos ensinar a importância do planejamento e do investimento em educação, ciência, tecnologia e inovação. Será que aprenderemos essa lição?
A pergunta que muitos fazem é se poderíamos ter evitado tal situação ou pelo menos termos mais acúmulo para sua mitigação. Nosso país se caracteriza pelo improviso e voluntarismo, vantajosos em termos de criatividade e mídia social, problemáticos em termos de sustentabilidade e resolução.
Apesar de termos Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, não temos projetos nacionais de pesquisa para a solução de problemas específicos ou prioritários como Nação. Fiz isso com a ideia de Institutos Estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação-IECTs, não eram prédios, mas plataformas institucionais cujo objetivo era reunir pesquisadores, empresas e governo na solução de problemas concretos pela mobilização das inteligências e infraestrutura de pesquisa.
As ações do Ministério da Ciência e Tecnologia no combate ao coronavírus evidenciam e colhem parte do que foi plantado durante o Governo Lula. O investimento em C&T saiu de 64,1 bilhões de reais em 2004 para 101,5 bilhões em 2010, de 0,9% do Produto Interno Bruto-PIB passamos a aplicar 1,3% do PIB em 2010.
O Ministério anunciou 100 milhões de reais envolvendo chamada pública para pesquisas, encomendas tecnológicas, criação de Rede de pesquisadores e plataforma virtual. Você deve achar que isso é muito dinheiro, deixa eu te contar uma coisa: Não é. O valor anunciado é irrisório.
Vou exemplificar. A produção de uma única vacina que implica em etapas de pesquisa pré-clínicas e clínicas pode consumir até 2,6 bilhões de reais e um período médio de 12 anos para sua maturação científica. Isso envolve pesquisadores, infraestrutura de laboratórios, insumos, bolsas de pesquisa e cooperação internacional.
Quando temos situações de emergência como a da pandemia do coronavírus isso pode ser acelerado, reduzindo o tempo para até 18 meses, o chamado fast track. O Governo dos Estados Unidos e a empresa Johnson & Johnson anunciaram pacote de 1 bilhão de dólares (ou 5,2 bilhões de reais) para produzir a vacina contra o coronavírus. Vejam a diferença quando se prioriza a pesquisa para salvar vidas, o resto é brincadeira.
Compreendem por que não devemos cortar, contingenciar ou reter recursos da área de ciência, tecnologia e inovação? Compreendem por que não devemos ofender e perseguir pesquisadores e estudantes das nossas Universidades? Governos de partidos de esquerda, centro ou direita fizeram uma ou outra coisa ao longo dos últimos anos.
A pandemia veio para nos ensinar a importância do planejamento e do investimento em educação, ciência, tecnologia e inovação. Será que aprenderemos essa lição?
Comentários
Postar um comentário