Tenho grande apreço por biografias pelo que guardam de inspiração para a nossa vida. Vejo-as como lições derivadas da experiência que alimentam a reflexão e ajudam a nos guiar pelos caminhos das lutas de cada um. É sempre um aprendizado enriquecedor que ilumina o presente, sem dúvidas, Sérgio Vieira de Mello é um desses exemplos.
O filme “Sérgio”, dirigido por Greg Baker e estrelado por Wagner Moura; o documentário “Sérgio”, também dirigido por Greg Baker; e o documentário “Sérgio Vieira de Mello – o legado de um herói brasileiro”, de Wagner Sarmento e André Zavaride permitem conhecer aproximadamente esse personagem histórico.
Aos que desejarem conhecer de forma mais aprofundada, sugiro a biografia “O Homem que queria salvar o mundo”, de Samantha Power e o livro “Sérgio Vieira de Mello: pensamento e memória”, de Jacques Marcovitch.
Sérgio Vieira de Mello (1948-2003), nasceu no Rio de Janeiro, filho de Gilda dos Santos e do diplomata Arnaldo Vieira de Mello. O pai diplomata o fez correr mundo em função do trabalho e lhe conferiu desde cedo a experiência como “citoyen du monde”. Estudou na Universidade de Paris-Sorbonne onde se formou em filosofia, bem como, cursou mestrado e doutorado.
Seu primeiro emprego na Organização das Nações Unidas-ONU foi como redator de francês no Alto Comissariado para Refugiados-ACNUR em Genebra no ano de 1969. A partir daí constrói sua carreira nessa organização, assumindo diversas tarefas e funções com destaque para a ação em campo, o que mais gostava. Atuou em Bangladesh, Sudão, Moçambique, Peru, Líbano, Argentina, Vietnã, Camboja, Bósnia, Croácia, Kosovo, Timor Leste e Iraque, dentre outros países.
Os dois trabalhos de maior relevo da sua longa carreira de 34 anos foi a coordenação da operação que repatriou mais de 300 mil refugiados no Camboja e o comando da transição que tornou Timor-Leste um país independente. Morre em trágico atentado da Al-Qaeda no Iraque, sua última missão. Se especulava que Sérgio seria o próximo Secretário-geral da ONU, sucedendo Kofi Annan, de quem era amigo.
O posto máximo ocupado na ONU foi como Secretário-geral-adjunto para Assuntos Humanitários e depois como Alto Comissário de Direitos Humanos, permanece sendo o único brasileiro da história a ocupar estes cargos. Ressalte-se, não pertencia à diplomacia profissional brasileira, sua carreira se deve à própria trajetória como funcionário da ONU, ascendendo nos postos de trabalho pelo seu desempenho no cumprimento de missões e mandatos.
Wagner Moura em entrevista sobre o filme afirmou que vê Sérgio como líder com valores muito elevados e na conjuntura atual da pandemia do coronavírus seu perfil evidencia a fragilidade dos líderes mundiais de hoje. Além de ser preparado intelectualmente e de ter experiência prática, Wagner considera a empatia como a principal característica de Sérgio, algo em falta nos líderes atuais.
Penso que a empatia, isto é, se colocar no lugar do outro, diferencia a liderança exercida. Liderar não é só mandar seduzido pelos tronos e poderes. Liderar é um esforço permanente por se colocar no lugar do outro, o esforço exige dedicação e o permanente pede constância, mas sobretudo, valores éticos que fundamentem a ação.
Assistam Sérgio, o filme e o documentário estão disponíveis na Netflix, vale a pena, tem a ver com afeto e paixão.
O filme “Sérgio”, dirigido por Greg Baker e estrelado por Wagner Moura; o documentário “Sérgio”, também dirigido por Greg Baker; e o documentário “Sérgio Vieira de Mello – o legado de um herói brasileiro”, de Wagner Sarmento e André Zavaride permitem conhecer aproximadamente esse personagem histórico.
Aos que desejarem conhecer de forma mais aprofundada, sugiro a biografia “O Homem que queria salvar o mundo”, de Samantha Power e o livro “Sérgio Vieira de Mello: pensamento e memória”, de Jacques Marcovitch.
Sérgio Vieira de Mello (1948-2003), nasceu no Rio de Janeiro, filho de Gilda dos Santos e do diplomata Arnaldo Vieira de Mello. O pai diplomata o fez correr mundo em função do trabalho e lhe conferiu desde cedo a experiência como “citoyen du monde”. Estudou na Universidade de Paris-Sorbonne onde se formou em filosofia, bem como, cursou mestrado e doutorado.
Seu primeiro emprego na Organização das Nações Unidas-ONU foi como redator de francês no Alto Comissariado para Refugiados-ACNUR em Genebra no ano de 1969. A partir daí constrói sua carreira nessa organização, assumindo diversas tarefas e funções com destaque para a ação em campo, o que mais gostava. Atuou em Bangladesh, Sudão, Moçambique, Peru, Líbano, Argentina, Vietnã, Camboja, Bósnia, Croácia, Kosovo, Timor Leste e Iraque, dentre outros países.
Os dois trabalhos de maior relevo da sua longa carreira de 34 anos foi a coordenação da operação que repatriou mais de 300 mil refugiados no Camboja e o comando da transição que tornou Timor-Leste um país independente. Morre em trágico atentado da Al-Qaeda no Iraque, sua última missão. Se especulava que Sérgio seria o próximo Secretário-geral da ONU, sucedendo Kofi Annan, de quem era amigo.
O posto máximo ocupado na ONU foi como Secretário-geral-adjunto para Assuntos Humanitários e depois como Alto Comissário de Direitos Humanos, permanece sendo o único brasileiro da história a ocupar estes cargos. Ressalte-se, não pertencia à diplomacia profissional brasileira, sua carreira se deve à própria trajetória como funcionário da ONU, ascendendo nos postos de trabalho pelo seu desempenho no cumprimento de missões e mandatos.
Wagner Moura em entrevista sobre o filme afirmou que vê Sérgio como líder com valores muito elevados e na conjuntura atual da pandemia do coronavírus seu perfil evidencia a fragilidade dos líderes mundiais de hoje. Além de ser preparado intelectualmente e de ter experiência prática, Wagner considera a empatia como a principal característica de Sérgio, algo em falta nos líderes atuais.
Penso que a empatia, isto é, se colocar no lugar do outro, diferencia a liderança exercida. Liderar não é só mandar seduzido pelos tronos e poderes. Liderar é um esforço permanente por se colocar no lugar do outro, o esforço exige dedicação e o permanente pede constância, mas sobretudo, valores éticos que fundamentem a ação.
Assistam Sérgio, o filme e o documentário estão disponíveis na Netflix, vale a pena, tem a ver com afeto e paixão.
Achei o documentário muito bom, porém, o filme, na minha opinião, deixou a desejar. Me pareceu uma má adaptação do documentário. As cenas ficaram muito recortadas; acho que poderiam ter explorado melhor a história dele no Timor Leste. Não sei, parece que faltou aquele "timing" que torna um filme atraente e instigante.
ResponderExcluirMas com certeza Sérgio foi um grande ser humano e vale muito a pena conhecer sua biografia.