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IEMA, 5 anos de trabalho sério

O Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-IEMA recebeu premiações nacionais e internacionais pelo trabalho desenvolvido ao longo desses 5 anos, por isso, a partir deste artigo começo uma série sobre cada conquista relevante.

É fundamental sublinhar que o IEMA foi criado pelo governador Flávio Dino em 2015 com o objetivo de oferecer educação profissional em todas as regiões do Estado, complementando a ação da Rede Federal e Sistema S.

Hoje o IEMA possui 26 unidades, chegaremos a 34 em 2020. Deveremos superar a marca de 6 mil estudantes no ensino médio técnico integral com 30 diferentes cursos técnicos, ampliando oportunidades para a juventude maranhense. Sem esquecer que qualificamos mais de 35 mil maranhenses em 200 diferentes cursos profissionalizantes.

Somente duas instituições no Brasil em âmbito estadual fazem trabalho similar ao do IEMA, o Centro Paula Souza em São Paulo e a FAETEC no Rio de Janeiro. Outros estados da federação possuem escolas técnicas, contudo, somente esses três criaram instituições.

O Centro Paula Souza-CPS, vinculado à Secretaria de Ciência e Desenvolvimento do Estado de São Paulo, é uma instituição de educação profissional de nível médio e superior, com rede de Escolas Técnicas e Faculdades Tecnológicas. O CPS completou 50 anos.

A Fundação de Apoio à Escola Técnica-FAETEC, vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro é responsável pela implementação da política de educação profissional e tecnológica, atuando no ensino médio técnico, qualificação profissional e educação superior. A FAETEC tem 22 anos.

O IEMA se diferencia por atuar com educação integral aliada à educação profissional, desenvolvendo experiência peculiar e embrionária de educação técnica integral com foco no ensino médio e autorização para atuar em nível superior no futuro.

O primeiro reconhecimento que compartilho com vocês foi o de Destaque Nacional no Desafio Inova Escola, promovido pela Fundação Telefônica Vivo. Este desafio envolveu 1.180 escolas de todo o Brasil e mais de 4,4 mil profissionais participantes. Da primeira etapa da seleção ficaram 335 equipes, na segunda etapa 25 foram escolhidas como Destaques Regionais e somente 5 equipes de todo Brasil foram escolhidas como Destaques Nacionais, entre elas a do IEMA.

A equipe do IEMA ganhou 10 mil reais para desenvolver o projeto, além de assessoria técnica para por em prática seu plano de inovação. Não é pouca coisa meus amigos.

Darcy Ribeiro escreveu em 1984 no livro “Nossa escola é uma calamidade” o seguinte: “Creio haver provado que só há uma solução para os problemas brasileiros da educação. Uma única. Exclusivamente uma solução: é levar a educação a sério”. E é exatamente isso que temos procurado fazer no IEMA, trabalho sério que enfrente os problemas educacionais sem rodeios, mágicas, ilusões ou autoenganos. Isso exige muita dedicação, avaliação e revisão das próprias práticas, sempre se pode melhorar, sempre podemos aprender mais.

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