Jhonatan Almada, Reitor do IEMA
A
educação profissional e tecnológica tem terminologia internacional própria que
se resume na sigla TVET (Technical and Vocational Education and Training). A
Organização das Nações Unidades para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)
elaborou uma estratégia para o período 2016-2021 com o objetivo de estabelecer
as áreas prioritárias de educação profissional e tecnológica a serem atendidas
no âmbito desse organismo internacional.
Favorecer
o emprego juvenil e o empreendedorismo, promover equidade e igualdade de gênero
e facilitar a transição para economias verdes e sociedades sustentáveis são as
três áreas prioritárias. O desemprego é uma preocupação global, sobretudo entre
os jovens, são milhões de desempregados atualmente. Entende-se que a educação
profissional e tecnológica é uma estratégia viável e prática para enfrentar
esse problema e abrir caminhos para a geração de novos negócios e empregos.
O
quadro desafiador nos exige incorporar cursos de empreendedorismo no currículo,
apoiar a criação de micro e pequenos negócios com treinamento adequado e
estimular a criação de incubadoras e cooperativas com o setor privado e as
comunidades. Na mesma linha, promover oportunidades de aprendizagem,
desenvolvimento e crescimento para os conhecimentos, competências e habilidades
das mulheres e meninas. As mudanças climáticas e o agravamento da crise
ambiental exigem novos paradigmas para a sobrevivência da humanidade, as
tecnologias da informação e comunicação, e as habilidades em ciência,
tecnologia, engenharia e matemática tem sido apontadas como saídas dessa
encruzilhada. Saúde, água, industrialização sustentável, energia, agricultura e
seguração alimentar são áreas a serem priorizadas na oferta de educação
profissional e tecnológica.
O
Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-IEMA foi criado em 2015
pelo governador Flávio Dino, com o objetivo de democratizar a oferta de
educação profissional e tecnológica. O IEMA considera no seu escopo de atuação
essas áreas prioritárias definidas pela estratégia da UNESCO.
O
empreendedorismo, por exemplo, integra o currículo de todos os cursos
oferecidos pelo IEMA. Temos nos empenhado para estimular o empoderamento
feminino para nossas meninas alcancem sucesso e inserção profissional em
trabalhos dignos e bem remunerados. Estamos avançando na organização das
primeiras cooperativas de egressos dos nossos cursos, na área de confecção de
objetos de couro e reciclagem de materiais. As tecnologias da informação e
comunicação estão presentes no currículo dos cursos e nos programas permanentes
de formação dos professores.
Em
1 ano e quatro meses à frente do IEMA temos conquistas importantes, entre elas,
posso citar: implantação das unidades plenas de São José de Ribamar, Axixá,
Timon e Coroatá; reforma das unidades de Codó, Caxias, Bequimão e
Estaleiro-Escola; criação do Centro de Educação Científica em Caxias, o 4º do
Brasil, com apoio do neurocientista Miguel Nicolelis, via Instituto Santos
Dumont, organização social vinculada ao Ministério da Educação (MEC);
encontram-se em reforma as unidades de Pedreiras, Barra do Corda, Carolina,
Imperatriz e Açailândia; criamos o Programa IEMA no Mundo, oportunizando ao
jovem estudante de nossa rede, a oportunidade de cursar o High School no
exterior; criamos o Programa IEMA Mais IDH, abrindo 2,5 mil vagas de educação
profissional para os 30 municípios mais pobres do Maranhão, em sintonia com o
Plano Mais IDH; abrimos 3 mil vagas em cursos e oficinas de educação
profissional em 41 municípios do Maranhão, nas Unidades Vocacionais do IEMA,
próprias ou em parceria; criamos o Programa Vivência Profissional que precede o
Estágio Curricular e introduz nosso estudante no mundo do trabalho,
preparando-o melhor para essa transição; incorporamos a robótica e a
programação como conteúdos obrigatórios nas Diretrizes Operacionais do nosso
modelo pedagógico; alcançamos medalhas e premiações nacionais e internacionais
na área de Robótica, Matemática, Geografia, Foguetes, dentre outros; estamos
entre os finalistas do Prêmio Nacional de Competitividade nos Estados; criamos
as Oficinas Souzinha de Matemática e Gonçalves Dias de Português, oferecidas
aos estudantes no período de férias; e abrimos a 2ª turma da Escola de Cinema
do IEMA, dando continuidade ao trabalho de formação profissional na cadeia
produtiva do audiovisual.
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