Jhonatan
Almada, historiador.
Começamos a implantação
do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) dia
1º de janeiro de 2015 quando era uma folha de papel com este nome. Atentos ao
fraco desempenho do Governo do Estado na oferta de qualificação profissional
para nosso povo e o desinteresse dos jovens pela educação tradicional, pensamos
que o IEMA poderia ocupar este espaço e ser referência.
O diferencial do IEMA
em relação à rede federal e sistema S é que trabalhamos com educação técnica
integral. O modelo pedagógico inovador tem duas linhas de implementação: a
institucional e a escolar. Quanto à linha institucional, 2015 foi o Ano da
Implantação (equipes, infraestrutura e equipamentos), 2016 foi o Ano da
Consolidação (matrícula, funcionamento, avaliação), 2017 foi o Ano da Expansão
(saímos de 3 para 7 unidades). Quanto à linha escolar, cada unidade passa pela
fase da Sobrevivência (Ano I), Crescimento (Ano II) e Sustentabilidade (Ano
III), as quais são permanentemente acompanhadas (mensal, trimestral, semestral)
pela nossa equipe gestora com formação continuada, avaliação coletiva e
correções de rumo.
O modelo do IEMA tem
por meta formar sujeitos autônomos, solidários e competentes. O centro do
modelo é o projeto de vida de cada estudante, auxiliamos a cada um no desenho
desse projeto com formação acadêmica de excelência, formação para a vida e
formação nas competências do século XXI. O currículo reúne base nacional comum,
parte diversificada (conteúdos construídos pelos estudantes e professores) e
base técnica (conforme o curso).
Os cursos técnicos são
definidos a partir de estudo do arranjo produtivo local, rodada de diálogos com
segmentos da sociedade local e regional, por fim, realizamos audiência pública
onde são colhidos subsídios finais. Isso permite que os cursos estejam de fato
conectados com as necessidades locais, sem descuidar das demandas regionais e
transformações globais que a economia experimenta.
Um dos valores que
cultivamos é a inovação. Implantamos o uniforme inteligente que envia mensagem
aos celulares dos pais e responsáveis sempre que seus filhos chegam e saem do
IEMA. Além disso, também recebem notas e avisos importantes da escola por
intermédio do mesmo sistema. Isso dá maior segurança para as famílias e permite
acompanhamento mais próximo dos estudantes. Estamos aperfeiçoando o sistema
para lançar o aplicativo para celular.
O programa IEMA no
Mundo é outra inovação. Nossos estudantes concorrem a bolsas de estudo no
exterior em que cursam parte do ensino médio em escolas dos Estados Unidos,
Alemanha e Argentina. A oportunidade de realizar intercâmbio acadêmico no
ensino médio objetiva robustecer o currículo de nossos estudantes, propiciar
imersão em outra cultura e o domínio de idioma estrangeiro. Nossos estudantes
ganharão em termos de maturidade e capacidade de enfrentar os desafios
contemporâneos.
Os indicadores do IEMA
tem referendado nosso modelo ao registrarem 98% de frequência escolar, 2% de
evasão e 95% de aprovação. Nossas conquistas em Olímpiadas do Conhecimento e
competições internacionais são exemplos concretos daquilo que os números
indicam. Essa semana nossos estudantes participaram do Torneio Internacional de
Robótica (ITR), concorrendo com 243 equipes de 3 países, foram premiados nas
cinco modalidades da competição, duas em 1º lugar e cinco em 2º lugar, meninos
e meninas de Pindaré-Mirim e São Luís do Maranhão.
Preocupação central é
não crescer de forma descontrolada ou oferecer ensino de forma massificada. O
IEMA tem condições de funcionar bem em cidades médias e grandes com demanda por
educação profissionalizante, mas não pode, não deve e nem pretende substituir a
rede regular de ensino.
Em face disso, o
processo de expansão tem seguido ciclo que garante a manutenção dos padrões de
qualidade desejados por todos nós. O próximo ciclo de expansão prevê a
implantação do IEMA em Cururupu, Santa Inês e Brejo, otimizando a ocupação de
prédios existentes ou concluindo obras que foram abandonadas.
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