Jhonatan
Almada, historiador
Completamos o segundo
ciclo de expansão do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do
Maranhão, o IEMA. Em 2016 inauguramos as unidades de São Luís, Bacabeira e Pindaré-mirim.
Neste início de 2017, realizamos as inaugurações de Axixá, Coroatá, São José de
Ribamar e Timon. Isso significa que nossa rede de educação profissionalizante
de tempo integral saiu do zero para 7 unidades em 2 anos de Governo Flávio Dino
no Maranhão, como diria Camões “mais serviria se não fora tão curta a vida”.
A Rede do IEMA leva
ensino técnico de tempo integral com modelo pedagógico próprio, seu diferencial
mais forte. Não foi fácil. Muitos passaram na frente dos prédios e disseram que
não iriam ser concluídos. Não acreditaram na nossa obstinação. Também foi assim
quando inauguramos as três primeiras unidades, no ano seguinte tivemos uma
concorrência de 7 para cada 1 vaga oferecida onde antes inexistia procura
espontânea. Aos poucos construímos capital de confiança no trabalho do IEMA,
trabalho continuado e por acúmulos sucessivos de bons resultados que caminham
para nos tornar uma referência.
Ressalto as inovações
dos cursos técnicos oferecidos nas novas unidades como o de Equipamentos
Biomédicos no IEMA de Timon e o de Agricultura Orgânica no IEMA de Coroatá. O
primeiro atende enorme carência por pessoal técnico para manutenção e conserto
de equipamentos da área de saúde no Maranhão. O segundo dialoga com a produção
sustentável e sem agrotóxicos que nos fornece alimentos mais saudáveis. Nossa
oferta de cursos levou em consideração os arranjos produtivos locais e a
necessária articulação com o mundo da produção.
Os gestores e
professores das novas unidades do IEMA passaram por Curso de Formação Inicial
para conhecerem o modelo pedagógico que implantamos e as diretrizes de atuação
do IEMA no âmbito dos municípios e regiões que demandam a oferta de educação
profissionalizante. Essa imersão é fundamental para que possam decidir se
querem ingressar no novo modelo de atuação.
O compromisso com a
educação materializado pelas ações concretas do Governo do Maranhão que
percorrem o arco da valorização do professor ao das reformas e construções de
unidades escolares. Não é pouco. Desafiador é preservar esse conjunto de
investimentos e fortalecer o sentido de público nos nossos estudantes,
professores e comunidades. Atravessamos tempos duros para quem lida com
dinheiro público e é lamentável vê-lo desperdiçado pelas depredações nos
prédios e equipamentos.
Esse investimento é
acompanhado do fomento à produção e ao adensamento das cadeias produtivas,
atração de novos empreendimentos e compras governamentais. Não basta investir
em educação, pois se ela estiver descolada da produção não serão criadas as
condições de sustentabilidade e estímulo ao desenvolvimento. Investir em
educação e produção sem ciência e tecnologia não gera valor agregado para as
empresas, isso impede a inovação.
Educação, ciência e produção são elementos-chave para pensarmos o
Maranhão no longo prazo.
No campo da ciência
temos duas iniciativas fundamentais para a articulação ciência e produção: o
Edital Ignacio Rangel e a Rede de IECTs. O lançamento do edital Ignacio Rangel
pela FAPEMA tem por objetivo atrair pesquisadores recém-doutores para o
Maranhão. O sentido da iniciativa é pensar soluções e estratégias para
superarmos os problemas de desenvolvimento locais e do Brasil. O projeto
fortalecerá o Centro Ignacio Rangel de Estudos do Desenvolvimento (CRangel) que
foi criado no âmbito da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.
A Rede de Institutos
Estaduais de Ciência e Tecnologia (IECT) objetiva aproximar ciência e economia,
reunindo pesquisadores, empresários e laboratórios na resolução de problemas
para o sucesso dos negócios e empreendimentos produtivos. A Rede deve
contribuir para gerarmos inovação e alcançarmos maior competividade econômica.
Iremos credenciar propostas nas áreas de biotecnologia, economia criativa e
energias oceânicas para que possam concorrer no edital da FAPEMA que abordará
essa vertente.
Essas iniciativas se
complementam com a Agenda para a Municipalização da Ciência e Tecnologia que já
conquistou a criação de Secretarias Municipais para esta área em cidades como
Balsas, Timon, Rosário, Gonçalves Dias, São Mateus, Paço do Lumiar, dentre
outros. Isso significa que encontramos acolhida nos novos gestores municipais e
isso poderá gerar círculo virtuoso de ações, projetos e programas na área de ciência,
tecnologia e inovação no âmbito local.
O IEMA é o carro-chefe
desse processo de criação das condições e oportunidades educacionais para nossa
juventude e sua articulação ao investimento em pesquisa certamente abrirá
caminhos fecundos para o Maranhão.
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