Jhonatan
Almada, Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação
Em 2015 quando anunciamos
o projeto Escola de Cinema como Unidade Vocacional do Instituto de Educação,
Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) não foi das melhores a recepção da
ideia. Resolvemos seguir nossa metodologia de trabalho aplicada em todos os
projetos que desenvolvemos, com pé no chão começar pequeno, agir com início,
meio e fim sempre. Seguimos o poema de Castro Alves: “sou pequeno, mas só fito
os Andes”.
Realizamos o Curso de
Formação Inicial e Continuada em Cinema com duração de 3 meses e corpo docente
formado por professores locais e cineastas do exterior. O curso foi um ato de
coragem ante o cenário nebuloso que se formava já no final de 2015. A turma
teve uma procura de mais de 500 pessoas, formamos 26 entusiastas do cinema que
produziram três curtas-metragens, entre eles o curta “Bodas de Papel”.
Logo em seguida
oferecemos mais dois cursos de Formação Inicial e Continuada, o primeiro de
Fotografia para o Cinema e o segundo de Atuação para o Cinema. Paralelamente o
Governo do Maranhão por intermédio da Secretaria de Cultura e Turismo lançava o
primeiro Edital de Audiovisual, atualmente já divulgamos os resultados do
segundo Edital. O que coloca dois elementos fundamentais para fomentar o
cinema, pessoal técnico qualificado e recurso financeiro disponível, gerando
trabalho e renda.
O sucesso na execução
desses cursos de média duração nos permitiu por intermédio do IEMA, lançar o
Curso Técnico de Nível Médio em Cinema, iniciado neste mês de agosto.
Conseguimos em 1 ano e meio de criação do IEMA formar mais de 100 profissionais
para o arranjo produtivo do audiovisual. O investimento claro e decisivo no
talento maranhense trará frutos consistentes para nossa cultura e economia.
Elaboramos com a
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) o projeto de Instituto Estadual de
Ciência, Tecnologia e Inovação (IECTI) na área de Economia Criativa, mesmo
modelo dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia apoiados pelo CNPq. O
projeto do IECTI de Economia Criativa se somará à Escola de Cinema do IEMA e ao
IEMA Praia Grande com o projeto do Mestrado e Doutorado na área, a Graduação
Tecnológica em Cinema e o Polo de Audiovisual. Sonhos novos que estão no
projeto do IECTI liderado pela professora Mônica Picollo e contando com
parcerias estratégicas junto a Universidade Estadual do Rio de Janeiro,
Universidade Federal Fluminense e Universidade Federal do Rio de Janeiro.
“É impossível ser feliz
sozinho”, cantou Tom Jobim. Isso tudo começou de uma proposta do cineasta
Marcos Ponts para o então secretário Bira do Pindaré, o qual entusiasmado com a
ideia me designou para a missão. Por oportuno, agradeço o incentivo, a dedicação
e o empenho de ambos para que a ideia virasse matéria, momento demarcado pela
inauguração da Escola de Cinema do IEMA no início deste ano. O mérito residiu
em enxergar o veio fecundo da ideia e abraçar com paixão a causa. Fundamental a
sensibilidade do governador Flávio Dino para a arte do cinema.
Se ainda pairava alguma
incredulidade quanto à viabilidade do nosso intento e obstinação, o Festival de
Brasília do Cinema Brasileiro selecionou o curta “Bodas de Papel”, de Keyci
Martins e Breno Nina, com produção executiva de Marla Silveira e co-produção
dos companheiros de jornada venturosa, Marcos Ponts e Raffaele Petrini. Este
curta figura entre os 12 selecionados para a Mostra Competitiva. Isso significa
o reconhecimento público do acerto daquilo que estamos fazendo e da qualidade
criativa de nosso povo.
Precisamos fazer o
movimento seguinte e estratégico, montar a estrutura necessária para o Polo de
Audiovisual que se somará às iniciativas e projetos em andamento.
Disponibilizar para nossos cineastas espaço adequado e equipamentos para o
desenvolvimento de sua arte é o nosso próximo desafio.
Quando abrirão novas vagas? Tem alguma limitação de idade ou formação? Quero muito fazer!
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