Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de março, 2015

GOLPE E CORRUPÇÃO COMO ESPECTROS

Jhonatan Almada, historiador, escreve as sextas-feiras no Jornal Pequeno Dois espectros rondam o Brasil, nenhum deles é o comunismo. O primeiro é o espectro do golpe, o segundo é o espectro da corrupção. Os movimentos de direita de 2015 se apropriaram do legado das jornadas de junho de 2013 e expurgaram aquele potencial mobilizador em prol de um país melhor. Ficou apenas a vontade de derrubar um governo legitimamente eleito e pôr no seu lugar o PMDB de Eduardo Cunha e Renan Calheiros. Não é só a ignorância que alimenta o golpe, mas o conjunto de interesses conservadores incomodados em se ver com os ossos expostos pelas operações e investigações da Polícia Federal e Ministério Público, as quais cresceram exponencialmente nos últimos 8 anos. A corrupção deixou de ser o falso privilégio dos políticos, trata-se de prática institucionalizada, pública e privada, a transferir milhões de reais do povo e do país para o exterior em quantidades impossíveis de serem consumidas em vida pelos

CUBA E A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL NO MARANHÃO

Jhonatan Almada, historiador, escreve às sextas-feiras no Jornal Pequeno É com grande satisfação que vejo a retomada da cooperação internacional pelo atual Governo. A vinda dos embaixadores da China e de Cuba foi o primeiro passo. Tenho absoluta convicção da importância e dos benefícios da cooperação internacional para nosso estado, hoje mais do nunca precisamos desprovincianizar o Maranhão e inseri-lo em círculo virtuoso de relações e prosperidade. A propósito disso, o conhecimento das experiências internacionais e os estudos de educação comparada permitem duas constatações muito claras em relação às políticas públicas de educação e ao ensino de graduação do Brasil: o fracasso dos programas nacionais de alfabetização e a falência do modelo de formação dos cursos de medicina. Desde a experiência do Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), criado durante a ditadura militar de 1964, ao atual Programa Brasil Alfabetizado, milhões foram gastos do fundo público sem êxit

O PODER COMO SERVIÇO

Jhonatan Almada, historiador, escreve às sextas-feiras no Jornal Pequeno A mudança cultural é um processo lento de transformação das práticas sociais que invariavelmente gera resistências por parte da sociedade, organização ou instituição em que ocorre. A introdução de novos conceitos que se materializam em novas práticas, tais como, a transparência, a integração, a inteligência colaborativa e a intersetorialidade, implica no despertar de seus opostos combativos, os segredos de Estado, a demarcação de territórios de influência em disputas abertas ou fechadas pelo poder, a inteligência competitiva e a setorialização. Lidar com a cultura instituída no serviço público exige dos gestores sabedoria para não sucumbir e perseverança para não desviar do caminho. Esses opostos combativos surgem tanto dos que já estavam habituados às práticas sociais de planejamento e gestão da coisa pública, quanto aos que chegam, quando ambos não conseguem traduzir os princípios e as diretrizes estra