Passados alguns meses sem aulas no mundo, poucos países começaram a reabrir suas escolas, na América Latina somente o Uruguai, registrando 826 casos confirmados e 23 mortes por Covid-19. Existem equívocos de origem para explicar os problemas enfrentados pelo setor educativo durante a pandemia, o primeiro é fingir que estávamos bem antes e o segundo é que ocorrerá um milagre depois.
Nossa educação ia mal antes e nada nos autoriza supor que irá melhor depois, os dados e as pesquisas jogam água fria nos oportunistas de ocasião. Os prejuízos serão captados nas próximas avaliações nacionais e locais.
Há grande ansiedade e temor pelo retorno às aulas e se abate verdadeiro desespero nas famílias menos favorecidas, preocupadas com o impacto da pandemia na educação de seus filhos e ao mesmo tempo imersas nas desigualdades históricas de nossa região. Estamos falando de baixo aprendizado, abandono escolar, captura pelo crime, trabalho infantil, desnutrição e violência doméstica.
Unesco, Unicef e Banco Mundial divulgaram recomendações a serem observadas para a reabertura das escolas. O aspecto central é que essa reabertura deve ser baseada em evidências científicas e sanitárias das autoridades, avaliando riscos e benefícios para as crianças e jovens em cada contexto local.
A primeira dimensão que destaco se refere a segurança sanitária, estabelecer que protocolos de saúde deverão ser seguidos pelas escolas, bem como, as medidas de contenção para o caso de estudantes ou funcionários se sentirem mal durante esse processo. Clareza e objetividade na comunicação são fundamentais.
A segunda dimensão se refere ao aprendizado. O calendário escolar e as avaliações devem ser flexibilizados, não é possível fazer reprovações a partir do que não foi ensinado. Formação continuada dos professores e equipes escolares devem ser realizadas tanto sobre recuperação de aprendizagem quanto de saúde mental e psicossocial dos estudantes. E por último, refletir se é necessário adotar programas de reforço escolar em larga escala.
Bem-estar e proteção é a terceira dimensão. Reforçar os serviços de saúde, realizar avaliação de risco para professores e demais funcionários, e reestabelecer a prestação regular e segura de serviços essenciais como alimentação escolar, atendimento especializado e vacinação.
Nossa educação ia mal antes e nada nos autoriza supor que irá melhor depois, os dados e as pesquisas jogam água fria nos oportunistas de ocasião. Os prejuízos serão captados nas próximas avaliações nacionais e locais.
Há grande ansiedade e temor pelo retorno às aulas e se abate verdadeiro desespero nas famílias menos favorecidas, preocupadas com o impacto da pandemia na educação de seus filhos e ao mesmo tempo imersas nas desigualdades históricas de nossa região. Estamos falando de baixo aprendizado, abandono escolar, captura pelo crime, trabalho infantil, desnutrição e violência doméstica.
Unesco, Unicef e Banco Mundial divulgaram recomendações a serem observadas para a reabertura das escolas. O aspecto central é que essa reabertura deve ser baseada em evidências científicas e sanitárias das autoridades, avaliando riscos e benefícios para as crianças e jovens em cada contexto local.
A primeira dimensão que destaco se refere a segurança sanitária, estabelecer que protocolos de saúde deverão ser seguidos pelas escolas, bem como, as medidas de contenção para o caso de estudantes ou funcionários se sentirem mal durante esse processo. Clareza e objetividade na comunicação são fundamentais.
A segunda dimensão se refere ao aprendizado. O calendário escolar e as avaliações devem ser flexibilizados, não é possível fazer reprovações a partir do que não foi ensinado. Formação continuada dos professores e equipes escolares devem ser realizadas tanto sobre recuperação de aprendizagem quanto de saúde mental e psicossocial dos estudantes. E por último, refletir se é necessário adotar programas de reforço escolar em larga escala.
Bem-estar e proteção é a terceira dimensão. Reforçar os serviços de saúde, realizar avaliação de risco para professores e demais funcionários, e reestabelecer a prestação regular e segura de serviços essenciais como alimentação escolar, atendimento especializado e vacinação.
Por último e mais importante, alcançar os estudantes desfavorecidos. Garantir que sejam priorizados no retorno às aulas e mitigadas quaisquer barreiras impeditivas, financeiras ou sociais. Os estudantes pobres, negros, indígenas, as meninas e as pessoas com deficiência são o público-alvo dessa ação-chave.
O fechamento de escolas em escala global foi algo novo e inédito para a educação, as lições desse período excepcional ainda estão sendo recolhidas, contudo, precisamos que a reabertura ocorra de forma segura, organizada e atenta às curvas de contaminação da Covid-19. Nesse sentido, apesar das limitações de nossas redes escolares, reconheço a potência e os esforços dos profissionais da educação para garantir que ninguém fique para trás, que ninguém fique de fora
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