Jhonatan Almada, historiador
Li entrevista de
Fernando Haddad, ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, sobre o
tratamento da mídia às políticas desenvolvidas por sua gestão na Prefeitura. Em
que pese à dificuldade de Haddad de reconhecer eventuais erros ou decisões
equivocadas de sua parte, a entrevista é enriquecedora por deslindar essa
faceta de nossa mídia nativa. As famílias que controlam os veículos de comunicação
por intermédio da cobertura e de seus jornalistas omitiam a autoria das ações,
desvirtuavam a motivação dos programas criados ou davam tratamento desigual na
abordagem sobre as políticas públicas.
A principal forma de
escapar dos direcionamentos e bloqueios dos meios tradicionais está na internet.
Podemos divulgar as ações de interesse público diretamente sem os vetos de
famílias poderosas ou interesses estranhos que apagam a autoria das ações,
secundarizam o impacto do que é feito, deturpam o conteúdo ou simplesmente
omitem da pauta.
A criação da primeira
rede de internet gratuita do Maranhão, a MARANET dialoga com dois aspectos
fundamentais da contemporaneidade. O primeiro é a democratização do acesso à
internet, reconhecido como um direito humano pela Organização das Nações Unidas
(ONU). O segundo é a inserção junto às mídias digitais para democratizar o acesso
à informação e ao conhecimento.
O Governo do Maranhão
ao criar a MARANET reconhece o acesso à internet como direito e realiza esforço
colossal para incluir digitalmente nosso povo. Disponibilizar mais um
instrumento de análise da realidade ampliam as possibilidades de efetivação da
democracia e do pluralismo na interpretação pelos cidadãos.
A internet não é o
paraíso virtual. Os monopólios também existem e as campanhas de desinformação
ou ataque direcionado também ocorrem nela. O ponto central é que a utilização
de inteligência e segurança cibernética permite uma reação proporcional ao
ataque, algo impossível nas mídias tradicionais.
A MARANET é uma
conquista do povo do Maranhão, possível graças à diretriz do Governo Flávio
Dino: levar direitos onde existiam privilégios. A proposta de uma Ciência
Cidadã é a materialização dessa diretriz no âmbito das políticas, programas e
ações de Ciência, Tecnologia e Inovação.
A tradição política
maranhense e brasileira alimentada pelo nosso povo só compreende obras físicas
e visíveis, ainda que valorizem políticas e programas com impacto social. Nesse
sentido, a área de Ciência, Tecnologia e Inovação enfrenta com dificuldades tal
tradição, pois os ganhos e resultados desta área chegam ao longo prazo.
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