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Ainda a Dívida Pública

Reproduzo postagem feita neste blog em 2009, quando alertava para o aumento da dívida pública no Governo Roseana Sarney. Recentemente, a governadora foi ao jornal comemorar o aumento do limite de endividamento do Governo Estadual. A oposição que se prepare, assim que terminar esse mandato em 2014, Roseana Sarney não deixará 1 centavo de real no cofre.

O Prof. Dr. José Menezes Gomes, da Universidade Federal do Maranhão, conduz uma pesquisa sobre dívida pública no âmbito do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas da UFMA. A publicação dos resultados trará novos elementos para compreensão desse endividamento crescente.

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A dívida pública do Maranhão crescerá

A dívida pública do Maranhão crescerá

Por Jhonatan Almada

Não sei se passou despercebida a notinha publicada hoje no jornal O Estado do Maranhão, comemorando a obtenção de decisões judiciais para aumentar o endividamente do Governo Estadual, feito atribuído a Governadora Roseana Sarney.

Nada de surpreendente considerando a agilidade que a oligarquia possui no acesso à Justiça em todas as esferas, sobretudo a de Brasília.

Fica menos surpreendente ainda se observamos no gráfico acima, sobre o comportamento da dívida estadual quando dos dois mandatos da Governadora Roseana entre 1994 e 2001. A dívida estadual aumentou quase 1000% entre o início do primeiro mandato e o final do segundo.

Qualquer futuro governador do Maranhão, seja a esquerda ou a direita, ou combinação das duas, como está na moda, terá dificuldades gigantescas para fazer qualquer coisa no Governo do Estado, pois a herança maldita está sendo preparada com avidez impressionante sobre o erário público.

Existia uma expectativa quanto a Auditoria da Dívida Pública Estadual nos anos recentes, que não se concretizou. Inúmeros países da América Latina e Caribe, seguindo o exemplo mais conhecido do Equador tem auditado suas dívidas, verificando quem as contratou e para onde foi o dinheiro. As finanças públicas são importantíssimas e sua observação mais transparente e pública já implicaria numa pequena revolução em nossa realidade.

O que não surpreenderá, na verdade, é que os dados serão questionados, o Maranhão é sui generis, não acredita que o homem foi a lua, também não acredita nos dados dos sistemas nacionais de estatística e informações, mas no final quem pagará a conta somos todos nós, crentes ou descrentes.

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