Pular para o conteúdo principal

O ERRO 4652 DA TAM

O ERRO 4652 DA TAM

Jhonatan Almada, historiador.


As companhias aéreas brasileiras como outras de países em crescimento econômico fazem inúmeras promoções para fisgar os potenciais clientes. Houve uma significativa democratização no acesso a esses serviços. Os aeroportos superlotados, os reiterados atrasos, as reformas intermináveis e a carência de funcionários para atender a necessária expansão da infraestrutura e dos serviços são patentes e publicamente conhecidos. A primeira década desse século é emblemática nesse sentido.

Conquistado o “mercado”, quase monopolizado, as empresas elevam os preços ou fazem promoções inviáveis em horários ruins ou obrigando-nos a prolongar a permanência em outra cidade. Talvez a estratégia mais refinada para nos obrigar a pagar mais seja os chamados “erros de sistema”. Os sistemas existem para facilitar a nossa vida, contudo, temos a sensação de que nossa vida se submete aos erros de sistema.

A TAM Linhas Aéreas é disparada a principal empresa a utilizar-se dessa estratégia. O cliente tenta comprar uma passagem no cartão de crédito. O cartão de crédito tem limite, entretanto, mesmo você preenchendo o cipoal de informações solicitadas, aparece o código de erro 4652. Aí não tem jeito ou você irá comprar por telefone ou terá que ir a uma loja da TAM. Nos dois casos pagará mais caro, terá que arcar com mais uma taxa de serviço e terá que pagar em espécie, pois não aceitam aquele cartão de crédito que você tem.

Claro, nós podemos recorrer aos serviços de proteção do consumidor ou a justiça. Entretanto, sabemos o quanto isso demora e como a resposta não chegará a tempo de atender a nossa necessidade de trabalho ou entretenimento.

À medida que o Brasil cresce economicamente e a demanda por serviços se expande, fica transparente o quanto as empresas de aviação estão aquém de qualquer padrão mínimo de qualidade e o quanto estamos reféns de duas ou três empresas desse setor. 

Comentários

  1. Brasil, the zoeira never ends. Obrigada pelo esclarecimento, senhor ;)

    ResponderExcluir
  2. Brasil, the zoeira never ends. Obrigada pelo esclarecimento, senhor ;)

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

BANQUE O DURO, MEU CHEFE

BANQUE O DURO , MEU CHEFE ! Por Raimundo Palhano Não deixe o seu lugar. Foi o conselho do venerável Bita do Barão de Guaré ao presidente do Senado, José Sarney, que, ao que parece, está sendo levado extremamente a sério. Quem ousaria desconsiderá-lo? Afinal, não se trata de um simples palpite. Estamos frente à opinião de um sumo sacerdote do Terecô, um mito vivo para o povo de Codó e muitos outros lugares deste imenso Maranhão. Um mago que, além de Ministro de Culto Religioso, foi agraciado pelo próprio Sarney, nos tempos de presidência da República, com o título de Comendador do Brasil, galardão este acessível a um pequenino grupo de brasileiros. Segundo a Época de 18.02.2002, estamos falando do pai de santo mais bem sucedido, respeitado, amado e temido do Maranhão. Com toda certeza o zelador de santo chegou a essa conclusão consultando seus deuses e guias espirituais. Vale recordar que deles já havia recebido a mensagem de que o Senador tem o “corpo fechado”. Ketu,...

Jackson Lago - uma biografia para o nosso tempo

JACKSON LAGO uma biografia para o nosso tempo [1] O Grupo Escolar Oscar Galvão e o Colégio Professor Vidigal ainda estão lá, em Pedreiras, como testemunhas vivas a guardar memórias desse maranhense exemplar aí nascido em 01/11/1934. Estruturava-se, então, uma rara vocação de serviço e servidor público, sua marca indelével por toda a vida. De Pedreiras a São Luís, onde freqüentou o prestigiado Colégio Maristas, Jackson Lago foi amadurecendo, mesmo que adolescente, sua aprendizagem de mundo e seu convívio humano e cultural com a admirada Atenas Brasileira. Vocacionado a servir e a salvar vidas, formou-se médico cirurgião na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, aprimorando-se também na residência médica do Departamento de Doenças Pulmonares da Policlínica Geral da Cidade do Rio, então Capital político-administrativa e cultural do Brasil. Com a alma encharcada de chão das vivências da saga do arroz e d...

Tetsuo Tsuji - um sumurai em terras do Maranhão

Esta semana faleceu meu querido amigo Tetsuo Tsuji (1941-2023), um sumurai em terras maranhotas. Nascido em 13 de julho de 1941 em São Paulo construiu sua carreira lá e no Maranhão. Neste espaço presto minha sincera homenagem. Formado em Administração Pública e Direito pela USP, mestre em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas-FGV e doutor em Administração pela USP. Tetsuo trabalhou na Secretaria de Finanças do Estado de São Paulo e foi professor na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. Largou tudo e veio para Maranhão ser empresário na área de agricultura e pesca, formou família. A vida acadêmica volta na Universidade Federal do Maranhão-UFMA onde se tornou professor e reconstruiu carreira. No Maranhão foi pioneiro nos estudos de futuro e planejamento estratégico, contribuindo para o processo de planejamento do desenvolvimento no âmbito do Governo do Estado. É aqui que nos conhecemos, na experiência do Governo Jackson Lago (2007-2009). Tinha uns 2...