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Mostrando postagens de 2019

A FÁBRICA DE CONQUISTAS

O Brasil convive com pesado passivo histórico: nunca conseguiu prover escola pública de qualidade para o povo. Os desafios são enormes para que tal sistema educacional melhore e avance, sobretudo por ser tão complexo, com milhões de estudantes, professores e milhares de escolas, espalhadas em realidades díspares, das grandes cidades aos pequenos povoados. Contudo, isso não é destino, apenas desafio. Dessa forma, mais uma vez venho a público prestar contas dos resultados do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-IEMA. Criado pelo governador Flávio Dino dia 2 de janeiro de 2015, o IEMA completará 5 anos de existência buscando cumprir a missão de oferecer educação profissional, científica e tecnológica de alto padrão. A despeito das dificuldades, tropeços e atropelos, permaneço convicto: - UMA ESCOLA PÚBLICA DE EXCELÊNCIA É POSSÍVEL. Nossa equipe de trabalho, gestores, professores e estudantes provam isso todos os dias pelo que devolvem ao Maranhão em troca do i

A ESCOLA QUE NÃO ENSINA

Você colocaria seu filho para estudar em uma escola pública municipal de São Luís? Sim, responderiam aqueles que não a conhecem. Não, responderiam aqueles que tem condições de pagar a escola particular. A desigualdade no ponto de partida, sobretudo na infância, rouba de nossas crianças a possibilidade de ser mais e a base para abrir seus próprios futuros. Talvez você caro leitor seja um dos privilegiados que trabalham em escritórios com ar-condicionado e cadeiras confortáveis. Tenho certeza, jamais permitiria que seus filhos passassem o dia todo no calor ou em cadeiras de madeira, as velhas e retas cadeiras inglesas do século passado. Infelizmente, aos filhos da maioria destinam as retas cadeiras de pau, aos filhos da elite, as cadeiras ergonômicas e adequadas. Isso nem é o mais grave, apenas simboliza como a escola pública foi e é tratada no Brasil. Darcy Ribeiro falava em 1984 no culto à mentira educacional por parte de nossos líderes. Qual a ideia aí? É tratar a escola como algo id

QUEIMAM DINHEIRO PÚBLICO

Se as decisões não são combinadas com os principais interessados ou responsáveis, se são impostas, ninguém pode reclamar quando não derem certo, isso é uma verdade de difícil questionamento no âmbito das políticas públicas de educação. Vejo, mais uma vez, a agenda do político se impor sobre a agenda da sociedade. A agenda da sociedade está delineada no Plano Nacional da Educação, nos Planos Estaduais e Municipais. É lamentável observar que ao arrepio de toda evidência e ignorando décadas de acúmulos em estudos e pesquisas, o Governo Federal queime nosso dinheiro público. Foi publicado o estudo “Excelência com equidade no ensino médio: a dificuldade das redes de ensino para dar um suporte efetivo às escolas”, produzido pelo IEDE, Fundação Lemann, Instituto Unibanco e Itaú BBA. O estudo adotou os seguintes critérios para selecionar as escolas que melhor contribuem para o aprendizado de estudantes com vulnerabilidade e baixa renda: a) nível socioeconômico baixo; b) proficiência de 275 em

SEMPRE ABAIXO DA MÉDIA

Estamos em pleno debate sobre financiamento da educação em contexto de crise fiscal gravíssima. Acredito que o novo FUNDEB precisa corrigir as distorções de aportes por etapa e modalidade, assim como fazem os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico-OCDE, cuja entrada do Brasil é o atual sonho de consumo dos que estão no poder. O professor Gregório Grisa, do IFRS, comentou recentemente o relatório “Education at a Glance 2019” lançado todos os anos pela OCDE. Este é um dos documentos mais influentes para as políticas educacionais dos países, sejam ou não membros dessa organização. Um dos dados mais emblemáticos é o custo-aluno, o Brasil gasta abaixo da média da OCDE quanto à educação básica, enquanto nosso país investe 4,1 mil dólares-ano por aluno do ensino médio técnico, os países-membros da OCDE investem 10 mil dólares. A última portaria interministerial do FUNDEB de 2018 estabelece os mesmos valores por aluno para a educação de tempo integral e a educaç

VIVER SÃO LUÍS

Completo 17 anos vivendo em São Luís, cidade que adotei e estabeleci minha família e moradia, bases afetivas e profissionais. A cidade ao longo desses anos tem vivenciado o inchaço, a verticalização e a ausência de Plano Diretor que de fato funcione. A Prefeitura de São Luís e o Governo do Estado tem revitalizado espaços públicos, a exemplo da Praça Deodoro ou criado novos espaços de convivência e entretenimento atrativos como o Parque do Rangedor. Os espaços públicos são importantes por duas razões, para que as pessoas possam se encontrar e conviver, e por outro, atrair turistas que movimentem nossa economia. A cidade para além do lugar. A cidade são as pessoas, elas a vivificam, são sua maior riqueza, com suas existências e buscas. Apesar dos grandes investimentos dos últimos anos, investimentos feitos em tempo de crise, prevalece o déficit de serviços públicos que a acompanha desde o século XIX. Além disso, a desigualdade na distribuição desses serviços é patente, a São Luís do Ren

ROTEIRO PARA MATAR UMA INSTITUIÇÃO

Observo no Brasil ataque aberto contra as instituições públicas, conforme elas atrapalhem ou não os interesses dos governantes que ocupam o Planalto. Esses ataques seguem um roteiro pré-determinado, cujo objetivo pode ser mudar o dirigente principal daquela instituição, privatizá-la ou extingui-la, depende do quanto sua existência impede os governantes de avançarem nos seus interesses de grupo. O primeiro passo é atacar o dirigente da instituição. Os grupos internos não percebem logo o objetivo, imaginam que é só mudar o dirigente, trocar por um que seja canino ao governante. Nesse momento, os que não guardam simpatia pelo chefe se articulam para sua derrubada e pensam em ocupar o seu lugar. Ledo engano, o objetivo é colocar alguém de fora que faça o trabalho sujo. O segundo passo é atacar o trabalho da instituição. Duvida-se dos seus integrantes, resultados e informações, tudo é colocado em uma vala comum de mediocridade. Até aqui ainda não se percebe o objetivo, os tolos acreditam q

O NAVIO DA EDUCAÇÃO

Foi lançado o Compromisso Nacional pela Educação Básica como iniciativa do Ministério da Educação-MEC, Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação-CONSED e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME, faço alguns comentários sobre documento, primeira agenda de política educacional do atual Governo. O primeiro elemento a se considerar é que qualquer programa, projeto ou ação na área de educação, obrigatoriamente, precisa estar referido às metas do Plano Nacional de Educação ou seus correlatos em âmbito estadual e municipal, sem isso, a lei perde o sentido e vira letra morta. Após 6 meses sem rumo na área de educação, o Governo finalmente disse o que pretende. As ações propostas estão apoiadas em evidências. A ideia de visão de futuro é algo muito positivo, para fazer um coletivo avançar e aceitar ser liderado é preciso explicar o onde se quer chegar. O navio não chega ao porto sem rota. Tornar o Brasil referência em educação básica na América Latina até 2030

OS PROFESSORES SÃO O CENTRO DA QUALIDADE

Os professores são o centro da qualidade do processo educativo, portanto, formá-los bem é estratégico para qualquer sistema ou rede. O Anuário da Educação Básica Brasileira do movimento Todos pela Educação nos traz elementos da evolução recente e os desafios pendentes. A profissão docente é essencialmente feminina. Dos 2,2 milhões professores da educação básica, 1,78 milhão são mulheres, essa prevalência ocorre em todas as etapas, da educação infantil ao ensino médio. A educação superior apresenta quase inversão, com maior presença masculina. O número de professores com nível superior vem crescendo ao longo dos últimos dez anos, algo muito positivo, quase 80% dos professores da educação básica tem titulação de nível superior. É claro que esse dado geral esconde as disparidades regionais, ainda por serem superadas, sobretudo nas redes estaduais e municipais dos estados menos desenvolvidos. A formação continuada ou a busca permanente por qualificação dos professores da educação básica a

COMPROMISSO PELA EDUCAÇÃO BÁSICA

Hoje foi lançado o Compromisso Nacional pela Educação Básica como iniciativa do Ministério da Educação-MEC, Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação-CONSED e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME, faço alguns comentários sobre esse documento . 1. O primeiro elemento a se considerar é que qualquer programa, projeto ou ação na área de educação, obrigatoriamente, precisa estar referido às metas do Plano Nacional de Educação ou seus documentos correlatos em âmbito estadual e municipal, sem isso, a lei não faz sentido. 2. Após 6 meses sem rumo na área de educação, o Governo atual finalmente disse o que será feito. As ações propostas estão apoiadas em evidências e não mais em ideologias, exceção se faz ao projeto de escolas cívico-militares. Essas escolas são para poucos e excluem pelo seletivo. 3. A ideia de visão de futuro é algo muito positivo, para fazer um coletivo avançar e aceitar ser liderado é preciso explicar o onde se quer chegar. O na

A CRISE DE APRENDIZAGEM

Comentarei sobre os dados e informações do Anuário Brasileiro da Educação Básica, ótimo documento produzido pelo movimento Todos pela Educação e que traz os nossos principais desafios à luz das metas do Plano Nacional de Educação, por agora abordo pontos que me chamaram atenção. Em primeiro lugar, o gigantismo da rede pública de educação básica: 39,4 milhões de matrículas, 2,2 milhões de professores e 141 mil escolas. Rede dessa magnitude não permite amadorismo ou tentativa e erro como eixos de qualquer trabalho que queira ser levado a sério. A educação profissional continua alijada como alternativa para o ensino médio, apesar da expansão dos últimos anos, 1,13 milhão de matrículas da educação profissional para 6,7 milhões de matrículas no ensino médio da rede pública. A expansão da oferta é o problema central ainda. Os mais pobres dependem da escola pública, a classe média também. Pelo menos 31,8% das matrículas apontam para nível socioeconômico médio e 23,1% médio-alto. É lamentáve

APRENDIZADOS PARA NOVAS NAVEGAÇÕES

Esta semana as avaliações internacionais reafirmaram algo que os resultados de desempenho da Rede Federal de Educação Profissional já apontavam. A Fundação Lemann trouxe o PISA-S, exame da Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico-OCDE, com recorte para a avaliação das escolas e o aplicou em escolas de 6 estados brasileiros. Chama a atenção o desempenho das escolas do Centro Paula Souza de São Paulo, co-irmão do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão- I EMA. O ensino médio integrado à educação profissional obteve excepcional resultado. O Centro Paula Souza é organizado em Etecs (nível médio) e Fatecs (nível superior). As Etecs avaliadas superaram Finlândia, Canadá e Japão em matemática, ciências e leitura. Escolas como a Etec Jardim Ângela localizada no bairro com quarto pior IDH da capital São Paulo. Laura Lagná que é a superintendente do Centro Paula Souza, destaca quatro aspectos para esse resultado: capacitação de professores em met

A ESCOLA É DO POVO

O livro “Nossa escola é uma calamidade” de Darcy Ribeiro foi publicado há 35 anos. Ali ele apresenta sua crítica ao sistema educacional, em especial, quanto à então escola primária. Como intelectual fiel a si mesmo, vai além da crítica, propõe medidas para solucionarem esse problema, nascia os Centros Integrados de Educação Pública. Penso que após tantas décadas é necessário escrevermos outro livro para destacar as transformações e experiências positivas que surgiram no Brasil. A Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica com os Institutos Federais, Cefets MG e RJ, Colégios Técnicos e Universidades Tecnológicas é um exemplo de êxito quando pensamos a educação profissional de nível médio e superior. O professor Rogério Telles, do Instituto Federal do Maranhão-IFMA sempre cita os resultados da última avaliação internacional do PISA, a Rede Federal se fosse um país estaria em 11º lugar em Ciências, 2º lugar em Leitura, à frente de Canadá e Hong Kong, e 30º lugar em Matemática. T

A CIÊNCIA ESTÁ AMEAÇADA

A elite política ainda não compreende a importância do investimento em educação, isso é sabido. Compreende menos ainda a relevância de se investir em ciência, tecnologia e inovação, basta constatar que o programa espacial brasileiro recebeu menos de 100 milhões de dólares por ano, enquanto os países que dominam a exploração espacial aplicam acima de 1 bilhão de dólares por ano. Afirmo isso em um contexto de retomada das discussões quanto à exploração da Base de Alcântara para fins comerciais pelos Estados Unidos e possivelmente outros países interessados. No entanto, devo reconhecer o esforço genuíno da bancada maranhense na Câmara dos Deputados e no Senado Federal para fazer que isso dê certo dessa vez. E, reconheço também o empenho do Ministério da Ciência e Tecnologia em materializar essa exploração com possibilidade de ganhos reais para o Maranhão em tempos da mais desanimadora paralisia e escassez absoluta de futuros. Não é a primeira vez que a Base contagia os maranhenses, poder

REMOVENDO MONTANHAS

O primeiro semestre de 2019 caminha para seu final e o país continua paralisado, sobretudo em políticas públicas fundamentais como educação. A aposta na memória curta do brasileiro e na mitificação produzida pela política nos fazem refém dos retumbantes do momento, ignorando que as mudanças estruturais e sustentáveis dependem de tempo, planejamento e continuidade, acaso não foi assim na Coréia do Sul arrasada pela guerra, na China por séculos explorada pelas potências ocidentais ou no Uruguai após a ditadura militar? Os chineses contam a história de um velho que removeu as montanhas, chamavam-no de Velho Tonto das Montanhas do Norte, de tonto não tinha nada, era experiente, caçador, agricultor, marceneiro, carpinteiro, pedreiro, além de ser um líder honesto e sem ardis. As terras em que trabalhava estavam ficando insuficientes para o sustento da família, as dificuldades se agravavam por serem terras no sopé de duas montanhas, ou seja, com pedras por remover e canais por escavar para

O PULO DO GATO

Imagine que você receba a honrosa missão de ser Ministro da Educação do Brasil, um dos maiores sistemas de ensino do mundo, com milhões de estudantes e professores, milhares de escolas, grandes problemas e potencialidades, dramas e vitórias. É possível não ter conhecimento ou experiência sobre o assunto. Mesmo assim, o novo Ministro terá estudos e pesquisas consolidados à disposição, exemplos de sucesso são conhecidos, não existe o “pulo do gato” como na fábula. Penso que a primeira lição de casa seria ler o documento “ Educação Já! Uma proposta suprapartidária de estratégia para a educação básica brasileira e prioridades para 2019-2022 ”, pois este excelente estudo elaborado a muitas mãos explicita os problemas, delineia estratégias, aponta soluções e caminhos para nossa educação. O ministro pode não querer ler tal documento, preferindo conversar diretamente com colegas dos países que são referência em educação, arrisco que ele escolheria Finlândia e Cingapura, ligando para os re

TALENTOS PERDIDOS

Os caminhos para alcançar a excelência na educação são conhecidos e estão registrados em inúmeros estudos e pesquisas. Por outro lado, o uso dessa informação para tomada de decisão é um problema latino-americano. Constatei isso ao dialogar com colegas de outros países no Programa Regional de Formação em Planejamento e Gestão de Políticas Educativas promovido pelo Instituo Internacional de Planejamento da Educação da UNESCO. O Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais-CEIPE disponibiliza estudos e pesquisas com a finalidade de subsidiar o desenho de políticas públicas educacionais. O Centro foi recentemente criado e está vinculado à Fundação Getúlio Vargas-FGV, sendo dirigido por Cláudia Costin, experiente profissional com passagens relevantes em cargos de gestão no âmbito municipal, estadual, federal e internacional, foi Diretora Global de Educação do Banco Mundial. Recomendo ao público interessado a leitura do informativo Políticas Públicas em Ação Nº 1 com a tem

FOGO DE MONTURO

Vivemos momento angustiante na educação pública do nosso país, pela primeira vez em muito tempo, não sabemos qual é a política educacional e as linhas de ação dela. Apesar das intencionalidades e vontade de fazer das equipes responsáveis pelos destinos de nossas instituições, estamos ignorando o fogo de monturo que consome gerações de crianças e jovens. Os desafios são conhecidos e não faltam estudos e pesquisas para nos fundamentar. Falta rumo, rota e comando. É do Quênia, na mãe África cantada por Chico César, que vem notícias para repor nossas esperanças. O professor Peter Tabichi, 36 anos, foi o vencedor do Global Teacher Prize. Franciscano, doa 80% do salário para a própria escola onde leciona, a Keriko Secondary School, em Nakuru, zona rual do Quênia. Professor de matemática e física acreditou e investiu no talento dos seus estudantes, levando-os a vencer olimpíadas do conhecimento e a ter sua escola reconhecida como a melhor na área de ciências do país. Estudantes de diferentes

ENCONTRANDO PÉROLAS

Ao longo desses anos de trabalho no Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-IEMA, encontramos parceiros e apoiadores muito relevantes, sempre no sentido de elevar o nível do debate e inserir nossa instituição em redes nacionais e internacionais. Fernando Haddad, Claudia Costin, Roberto Amaral, Zeca Baleiro, Simon Schwartzman, Joana D’arc, Jacky Baltes, Rogério Teles, Fernando Ribeiro, Tânia Bacelar, Marcelo Viana, Renato Zerbini e tantos outros que passaram por nós e registraram suas impressões sobre a ousadia do IEMA e os resultados alcançados. Renato Zerbini por exemplo é um dos membros do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da Organização das Nações Unidas-ONU e veio nos visitar em meados de 2018 e conhecer o trabalho que realizamos na Rede Maria Aragão de Educação em Saúde do IEMA. Após a apresentação desse trabalho sugeriu o encaminhamento de nossos relatórios ao referido Comitê como prática bem-sucedida e se colocou a disposição. Sou

AS SOLUÇÕES DOIDAS DEMAIS

A grande contribuição de Carlos Matus para a arte do governo é evidenciar que a gestão política, a gestão macroeconômica e a gestão dos problemas têm crivos de eficácia formal/técnica e eficácia material/política. Ignorar a política é barbárie tecnocrática. Ignorar a economia é a barbárie política. Ignorar os problemas é a barbárie gerencial. O desafio é encontrar um balanço global que seja positivo e equilibrado, evidenciando a qualidade da gestão do governo. Somos limitados, como todo ser humano. Nosso mundo é do tamanho dos conceitos que conhecemos. O que é certo? Não existe solução de problema que seja exclusivamente técnica, também não existe solução exclusivamente política. É um desrespeito à inteligência alheia construir explicações parciais sobre problemas complexos, os argumentos de base não se sustentam e para funcionar precisam excluir os atores-chave. Quando a população brasileira teve expressivo crescimento demográfico em meados do século XX, a solução de gênio foi ab

VOCÊS DEVEM SER MAIS (DISCURSO DE COLAÇÃO DE GRAU)

DISCURSO DA SOLENIDADE DE COLAÇÃO DE GRAU DOS CURSOS TÉCNICOS DO IEMA NA UNIDADE PLENA DE PINDARÉ-MIRIM Pindaré-mirim, 31 de janeiro de 2019 Uma grande noite a todos nós! Cumprimento as autoridades presentes na equipe escolar da Unidade Plena de Pindaré-mirim, na pessoa do gestor geral professor Carlos, gestor administrativo Frank e a gestora pedagógica Ellen, Cumprimento todas as famílias aqui presentes, Cumprimento todos os professores, corpo técnico e de funcionários, Cumprimento em especial todos os estudantes que colarão grau, Senhoras e Senhores, A luz está para iluminar, colocar o candeeiro debaixo da cama não apagará a luz. A luz é conhecimento, é vida, uma das dimensões mais encantadoras que sentimos logo ao nascer. O Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, o IEMA representa essa luz que veio ao mundo dia 2 de janeiro de 2015, 4 anos de existência institucional. Muito pão e sal foi consumido, muito suor e lágrimas foram derramadas

REGRAS SÃO IMPORTANTES (DISCURSO DE COLAÇÃO DE GRAU)

DISCURSO DA SOLENIDADE DE COLAÇÃO DE GRAU DOS CURSOS TÉCNICOS DO IEMA NA UNIDADE PLENA DE SÃO LUÍS São Luís, 30 de janeiro de 2019 Uma grande noite a todos nós! Cumprimento as autoridades presentes na equipe escolar da Unidade Plena de São Luís Centro, na pessoa do gestor geral professor Moisés, gestora administrativa professora Hildejane e o gestor pedagógico professor Jhonatan Camilo, Cumprimento todas as famílias aqui presentes, Cumprimento todos os professores e funcionários, Cumprimento em especial todos os estudantes que colarão grau, Senhoras e Senhores, Esta colação de grau do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, o IEMA, ocorre no marco dos 4 anos de vida institucional completados dia 2 de janeiro de 2019. Foi uma longa e trabalhosa jornada para chegarmos a este dia. Lembro bem do desafio de implantar esta Unidade em especial, desafio que nos consumiu, dois episódios exemplares: quando me ligaram avisando que “meus meninos” marchavam para o Palácio

OS OITO ANJOS DO GOVERNANTE

Concluí em outubro de 2018 curso do Programa Regional de Planejamento e Gestão de Políticas Educativas realizado no Instituto Internacional de Planejamento da Educação da UNESCO, para o qual fui aprovado após rigorosa seleção. Juntamente com colegas de 19 países da América Latina nos aperfeiçoamos em métodos, técnicas e práticas com professores, pesquisadores e gestores de alto nível que ampliaram nossa visão sobre os efetivos problemas educacionais latino-americanos e suas possíveis soluções. Mais de 500 profissionais do continente participaram desse Programa, minha turma fundou a Rede de Planificadores de Latinoamerica-RedPEL(www.redpel.org) com o objetivo de criar, compartilhar e promover ideias que fortaleçam a luta pela qualidade e busca pela excelência na educação pública. O economista Carlos Matus (1931-1998) continua sendo referência no marco teórico que utilizamos, seu planejamento estratégico situacional orientou nossas análises sobre o fenômeno educacional. Um dos livro