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Mostrando postagens de 2017

Neiva Moreira, semeador das rebeldias

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Um grande Dia dos Professores!

OBAMA NO BRASIL II

Acredito que qualquer político em início de carreira deve ser alvo de muitas depreciações, seja porque não lhe reconhecem como tal, seja porque sempre minimizam o trabalho realizado como algo banal ou simplório. Assim imagino a reação ao Obama dos primeiros anos, começando seu agir político nas comunidades, atuando em prol da organização das pessoas para resolverem os problemas mais agudos que lhes afetam. A incapacidade de reconhecer tem raiz no apagamento do outro, enxergar no outro não um parceiro e igual, mas um mero semovente útil para determinadas tarefas e circunstâncias. Os tempos de mentiras aceleradas pela velocidade dos fluxos de informação constroem biografias precoces e também desumanizam abruptamente. Agradecer é reconhecer, pois não se constrói nada duradouro sem a participação de muitos outros, anônimos ou cavaleiros marginais, à margem, mas cavaleiros. Cada um traz seu tijolo para o edifício da história. A comparação é um recurso comum para nos posicionarmos sobre qu

OBAMA NO BRASIL I

Um dos temas mais complexos da educação é o que fazer quando ela não consegue gerar oportunidade e atratividade para todos. O professor Simon Schwartzman esteve no Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-IEMA onde ministrou palestra sobre a reforma do ensino médio no âmbito do Seminário de Estudos Avançados. Entre os dados por ele apresentados, chama a atenção os referentes à juventude brasileira e os desafios para as políticas públicas que tenham os jovens como sujeitos prioritários. A situação de jovens brasileiros de 20 a 24 anos é a seguinte, 73,2% completaram o ensino médio, 27,8% estudam em nível superior (72% no setor privado); 63,8% trabalham e não estudam; 23,5% não trabalham, nem estudam; 13,8% estão desempregados; 5,8% ainda estão no ensino médio e 1,4% estudam no ensino fundamental. Por esses números fica claro que os jovens que não trabalham nem estudam estão em situação de maior vulnerabilidade social. Maior vulnerabilidade significa que os apelos finance

MIL DIAS DO GOVERNO FLÁVIO DINO

O Governo Flávio Dino completou mil dias de efetivo exercício nesta semana. Quem está imerso no enfrentamento dos grandes problemas do Maranhão sabe do significado deste número. O semióforo dos mil dias oportuniza fecunda reflexão sobre o que tem sido feito pelo Governo do Maranhão em conjuntura adversa e drástica do Brasil. Quando assumiu o governo, Flávio Dino decidiu imprimir ritmo de campanha na ação do Poder Executivo acostumado a formas tradicionais de agir ou paralisado pelos tecnicalismos vazios. Podemos resumir isso em uma frase: o governador que trabalha mais de 12 horas por dia e atravessa madrugadas no encalço de suas metas e dos responsáveis por elas. Nunca teci elogios sem fundamento. Não se pode perder tempo e este espírito se apoderou dos que se imbuíram do exemplo e procuraram imitá-lo no limite de suas capacidades individuais e condições disponíveis. Não foi um passeio chegar aos mil dias com o conjunto de obras e serviços entregues pelo Governo. A brutal escassez

CENTENÁRIO DE NEIVA MOREIRA

O Instituto Jackson Lago-IJL, a Academia Maranhense de Letras-AML e o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-IEMA estão organizando conjunto de eventos alusivos ao Centenário de Neiva Moreira (1917-2017). A programação elaborada para o mês de outubro inclui o lançamento de livros e a inauguração do Acervo Neiva Moreira na Biblioteca do IEMA Praia Grande, acervo constituído pela biblioteca pessoal de Neiva doada por Beatriz Bissio. Meu primeiro contato com Neiva Moreira se deu na banca do Bena em Caxias-MA. Ponto em que eu frequentava atrás de revistas e almanaques, interessado em saber da cultura global. Ali tomei contato com a revista Cadernos do Terceiro Mundo e descobri um conjunto de realidades até então invisíveis para mim. Em geral, os países que a Cadernos apresentava eram ignorados pela mídia hegemônica ou quando lembrados destacava-se algo negativo, sempre. A visão de mundo sobre a África, o Oriente Médio, a Ásia e a América Latina emergiram com uma riqueza d

ENFRENTAR AS DESIGUALDADES EDUCACIONAIS

As desigualdades educacionais são um problema central em qualquer nível de ensino que tendem a se estender da educação básica à educação superior. Penso especialmente nas redes públicas e como esses estudantes ao longo de sua trajetória enfrentam percalços poderosos que podem interromper abruptamente seu caminho ou dificultá-lo. Os diferentes níveis de aprendizado em português e matemática são o exemplo mais conhecido quando abordamos as redes públicas. O problema do aprendizado envolve um conjunto complexo de variáveis que ao serem mencionadas nos estudos da área tendem para o cenário insolúvel de uma tragédia e não conseguem comunicar caminhos para os decisores políticos. Todos os principais testes e avaliações de larga escola referem o baixo desempenho de nossos estudantes, a questão é o que fazer com este dado. O Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-IEMA recebe estudantes egressos do 9º ano do ensino fundamental das redes municipais de ensino. Reservamo

O DESAFIO DO ENSINO DE INGLÊS NA REDE PÚBLICA

Fazendo as contas completei 10 anos como articulista de jornais, escrevendo artigos de opinião. Destaco o Jornal Pequeno como espaço privilegiado para compartilhar minhas reflexões sobre temas de interesse e questões contemporâneas que merecem ser debatidas. Os artigos acumulados já resultaram em quatro livros: “Planejamento que marca caminhos”, “A alternância do poder político no Maranhão”, “Crítica à indiferença: política, ciência e educação” e “Ciência e educação como agentes de desenvolvimento”. Dando continuidade a essas reflexões abordo hoje o problema do ensino de inglês na rede pública. O British Council publicou a pesquisa “O ensino de inglês na educação pública brasileira” apresentando os aspectos institucionais, o contexto escolar, o perfil dos professores e os desafios para o ensino desse idioma. Uma primeira conclusão importante é que o ensino de inglês não é uma diretriz obrigatória nos documentos que regulam a educação, seja na esfera federal, seja nas esferas

BALANÇO DA CIÊNCIA CIDADÃ NO MARANHÃO

Jhonatan Almada , Reitor do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-IEMA e ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação É importante apresentar os resultados de gestão obtidos entre março/2016 e agosto/2017 à frente da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) do Governo do Maranhão. Buscamos ao longo desse tempo implementar uma política de Estado para este setor fundamental em qualquer projeto de desenvolvimento. Intensa luta em conjunturas onde prevalece o imediatismo. Reunimos esses esforços programáticos na consigna “Ciência Cidadã”. O sentido maior dos investimentos e ações realizadas estava no fortalecimento da capacidade de cada maranhense em exercer melhor sua cidadania pelo acesso ao conhecimento e às tecnologias. Ciência Cidadã significa a emancipação pelo conhecimento. O registro das ações realizadas é indispensável em tempos de fluxos avassaladores de informações e pouca memória das pessoas. É um dever de publicidade quanto à at

RUMO A UMA EDUCAÇÃO TÉCNICA INTEGRAL DE REFERÊNCIA

Jhonatan Almada, Reitor do IEMA A educação profissional e tecnológica tem terminologia internacional própria que se resume na sigla TVET (Technical and Vocational Education and Training). A Organização das Nações Unidades para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) elaborou uma estratégia para o período 2016-2021 com o objetivo de estabelecer as áreas prioritárias de educação profissional e tecnológica a serem atendidas no âmbito desse organismo internacional. Favorecer o emprego juvenil e o empreendedorismo, promover equidade e igualdade de gênero e facilitar a transição para economias verdes e sociedades sustentáveis são as três áreas prioritárias. O desemprego é uma preocupação global, sobretudo entre os jovens, são milhões de desempregados atualmente. Entende-se que a educação profissional e tecnológica é uma estratégia viável e prática para enfrentar esse problema e abrir caminhos para a geração de novos negócios e empregos. O quadro desafiador nos exige incorporar

CIÊNCIA E IGUALDADE DE GÊNERO

Laurinda Pinto, Secretária da Mulher Jhonatan Almada, Reitor do IEMA e ex-Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação Ciência e Cidadania são duas chaves que contribuem de maneira estruturante para o desenvolvimento das pessoas em seus territórios. Enquanto uma abre portas do conhecimento e avanço tecnológico a outra traz o reconhecimento do poder de transformação social de alguém que vivencia seus direitos sociais plenamente. A partir dessa visão temos buscado construir uma Agenda da Ciência Cidadã no Maranhão, baseada em parcerias fundamentais com ações intersetoriais que desenvolvemos com as Secretarias da Mulher, da Igualdade Racial e da Juventude e da Educação. Quem disse que mulher não sabe matemática? Física? ou Ciência? Um cientista é antes de tudo um criativo, alguém que vê a realidade de outra perspectiva, inovadora e rica de possibilidades. Nesse aspecto, as mulheres saem na frente, de acordo com o relatório “Gender in the Global Research Landscape”,

A PRIMEIRA REDE DE INTERNET GRATUITA DO MARANHÃO

Jhonatan Almada, historiador Li entrevista de Fernando Haddad, ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, sobre o tratamento da mídia às políticas desenvolvidas por sua gestão na Prefeitura. Em que pese à dificuldade de Haddad de reconhecer eventuais erros ou decisões equivocadas de sua parte, a entrevista é enriquecedora por deslindar essa faceta de nossa mídia nativa. As famílias que controlam os veículos de comunicação por intermédio da cobertura e de seus jornalistas omitiam a autoria das ações, desvirtuavam a motivação dos programas criados ou davam tratamento desigual na abordagem sobre as políticas públicas.  A principal forma de escapar dos direcionamentos e bloqueios dos meios tradicionais está na internet. Podemos divulgar as ações de interesse público diretamente sem os vetos de famílias poderosas ou interesses estranhos que apagam a autoria das ações, secundarizam o impacto do que é feito, deturpam o conteúdo ou simplesmente omitem da pauta.  A

DISSEMINAR UMA CULTURA CIENTÍFICA NO MARANHÃO

Jhonatan Almada, historiador Antes uma pasta sem expressão, a área de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Maranhão tem construído agenda positiva que reforça sua importância estratégica e nos permite disseminar a cultura científica em nosso estado. Setores tradicionais ou conservadores ainda tem dificuldade de compreender o sentido do ativismo na implementação de programas, projetos e ações que temos vivenciado, acostumados a enxergar somente obviedades. Esqueceram no Maranhão que o conhecimento se tornou ativo econômico e que o progresso científico derrubou muitas fronteiras entre global e local, limitativas do trabalho em prol da inovação. Estamos aqui fisicamente, mas trabalhando em redes globais de produção de conhecimento, modernizando a partir da base a dura realidade que encontramos. A implementação de uma política de cultura científica pode ser observada nas iniciativas Biblioteca Básica Maranhense-BBM, Guia de Centros e Museus de Ciência, e o Centro