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Mostrando postagens de maio, 2016

O GOLPE PARLAMENTAR EXPLICITADO

Jhonatan Almada, historiador A atual conjuntura política revela uma surpresa a cada esquina. Dizia aqui, reiterando o Governador Flávio Dino, que o impeachment objetivava frear a Operação Lava-Jato. Os recentes vazamentos já homologados pelo Supremo Tribunal Federal explicitam essa questão. Trata-se de fato de um golpe do sistema político para se preservar, apoiando-se naqueles que perderam as eleições de 2014, nos que estão indiciados ou implicados nas investigações e na direita raivosa, fascista e burroide saída de um buraco do tempo.  O governo interino de Michel Temer comete tantas trapalhadas que não consigo sequer acompanhar. A última envolveu a extinção do Ministério da Cultura, um dos poucos méritos do Governo do PMDB de 1985. A ampla mobilização dos produtores de cultura obrigou o governo a voltar atrás e recriar o Ministério. O Ministro do Planejamento anuncia medidas de arrocho econômico para logo em seguida sair do cargo por estar mais do que envolvido em denú

GOLPE PARLAMENTAR NO BRASIL, VENCIDA A PRIMEIRA ETAPA

Jhonatan Almada, historiador O Senado Federal aprovou o afastamento da Presidenta Dilma Rousseff e Michel Temer atualmente é Vice-Presidente no Exercício da Presidência da República Federativa do Brasil. Temos um governo interino constituído pela base que elegeu Dilma e a oposição por ela derrotada. Eduardo Cunha depois de aprovar o impeachment na Câmara dos Deputados foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Aparentemente as instituições funcionaram perfeitamente se não fosse um golpe parlamentar para afastar por impopularidade à Presidenta, cuja primeira etapa foi finalizada. Falta ainda o julgamento final pelo Senado. O combate à corrupção cuja intensidade foi ampliada justamente nos governos do PT expôs o sistema político brasileiro e a forma como se constrói a governabilidade. O PMDB artífice desse sistema recusou manter uma aliança que estava ameaçando essa arquitetura de governança. Esse movimento é sintomático, observe-se, na medida em que Polícia Federal e

O GOLPE PARLAMENTAR E SUAS DÚVIDAS

Jhonatan Almada, historiador A crise de representação política do Congresso Nacional, tornando-o descolado da maioria que o elegeu e subserviente à minoria que o financiou atingiu o mais alto grau de comprometimento do sistema político brasileiro com a abertura do processo de impeachment. Esse ato alimentado pelo ressentimento e desforra do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha colocará no poder o PMDB que sempre aceitou ser o bastião de qualquer governabilidade, ao mesmo tempo, trará de volta ao lume do Planalto, o DEM e o PSDB, jejunos de mais de uma década.  O curioso nesse processo todo denunciado internacionalmente como golpe, mas omitido pelos próprios golpistas e a mídia, representa a volta dos quadros que estavam no comando do país nos anos 1980 e 1990 para implementar a mesma receita daquele tempo. Cortes nos gastos, concessões e privatizações darão o tom nos próximos meses, entretanto os novos sócios do PMDB, DEM e PSDB não estão concordando com todo