Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de abril, 2016

A NATURALIZAÇÃO DO GOLPE PARLAMENTAR NO BRASIL

Jhonatan Almada, historiador O espetáculo de pobreza política da maioria dos deputados federais no domingo entrará para a história não pelo que noticiam a mídia golpista e naturalizadora do golpe. Entrarão para a história como a maioria mais fisiológica, despreparada, fanática, hipócrita e fascista de todas as legislaturas da Câmara dos Deputados pós-1988. Exceções existem, mas, lamentavelmente, são uma minoria. Dignos, mas minoria. Foram parlamentares como Wadih Damous, Ivan Valente, Jean W y llys, Chico Alencar, Rubens Pereira Junior, Jandira Feghali e Luciana Santos que honraram a função ante Jair Bolsonaro, Paulinho da Força, Eduardo Cunha, Pauderney Avelino e tantos anônimos em seus únicos cinco minutos de fama. Em tempos de redes sociais a mídia brasileira nunca foi tão confrontada na sua capacidade de desinformar, manipular e escamotear a realidade. Como o jornalista Gerson Camarotti gosta de dizer, constroem narrativas. Esse jornalismo reduz a complexidade do re

A AGENDA DO IMPEACHMENT

Jhonatan Almada, historiador. Avança no Brasil um clima de impeachment como fato consumado. Percebo ainda uma enorme preocupação do lado que se pretende vencedor. Necessitam reforçar esse clima e ao mesmo tempo apelar para a pacificação dos ânimos, sinalizando que ao final do golpe institucional todos devem aceitar a nova situação como inelutável. O lado que está na luta contra o impeachment persevera na mobilização social e na utilização da sua maior força, o argumento-chave, estão derrubando um governo por impopularidade sem que a Presidenta da República tenha cometido qualquer crime. Caso o impeachment seja efetivado, nenhum Presidente da República no Brasil terá estabilidade política para governar, pois diferentemente de Collor em 1992, não haverá mais necessidade de crime ou indício de crime de responsabilidade. É só combinar problemas econômicos, base política insatisfeita e pesquisas de opinião desfavoráveis para derrubar o Presidente. Os deputados federais do Congress