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Mostrando postagens de março, 2016

DESLIGAR O GOLPE INSTITUCIONAL

Jhonatan Almada, historiador   O Brasil enfrenta horas difíceis. Por um lado, temos o campo conservador articulado e com um objetivo comum declarado, querem derrubar o Governo Dilma Rousseff. Os instrumentos a disposição são um juiz como paladino, o presidente da Câmara dos Deputados, réu Eduardo Cunha, a mídia capitaneada pela Rede Globo e a elite direitista pseudomoralista. De outro, o campo da esquerda buscando unidade e perseverando na defesa da democracia e da legalidade. Os instrumentos principais são as redes sociais, a sociedade civil organizada, as universidades, as igrejas, lideranças, políticos e juristas com estatura moral para se sobrepor ao estado de coisas atual. Nesse jogo de forças, o mercado de há muito escolheu seu lado. Parte do Congresso Nacional também aderiu a esse lado e pretende dar cabo do Governo via impeachment. A falsa promessa é que no eventual Governo Temer, as asas da Polícia Federal seriam cortadas e a Operação Lava-Jato desativada. A opo

Livro "CRÍTICA À INDIFERENÇA: política, ciência e educação"

Publico meu livro "CRÍTICA À INDIFERENÇA: política, ciência e educação" onde reúno artigos que publiquei ao longo do ano de 2015 sobre a conjuntura e assuntos ligados às minhas áreas de interesse e atuação. Os interessados em ler diretamente da internet. Podem acessar o link do ISSUU: https://issuu.com/jhonatanalmada/docs/livroartigos2015jp Os interessados em adquirir a versão impressa e entregue em casa. Podem acessar o link do PERSE: http://173.192.223.218/novoprojetoper…/WF2_BookDetails.aspx…

O JUIZ QUE PÔS FOGO NO BRASIL

Jhonatan Almada, historiador A revolta pública contra a corrupção que já vimos nos anos 1990 volta a tomar fôlego em 2016. Necessita de alguém para ser sacrificado e dar a falsa sensação de que tudo será diferente e resolvido. Em 1992 foi Collor de Melo, hoje querem que seja o Lula e a Dilma. A revolta teve a sua expiação nos anos 1990, mas não tocou um milímetro na forma como o sistema político funciona e se organiza. Novamente temos situação similar, com agravante que o Pedro Collor de hoje é o juiz Sérgio Moro. O Caprilles da Venezuela é o Moro do Brasil. Entretanto, ao divulgar áudio ilegalmente gravado pela Polícia Federal largou a toga e vestiu a carapuça política que estava fora das luzes. Moro se tornou candidato ao se impor como opção de pureza ao sistema político existente. É a tentação do juiz, o poder de decidir o faz ter certeza de sua natureza quase divina.  Não há governo fora do sistema político atual. Isso não isenta o PT dos seus erros, o PMDB de sua

ACREDITAR NA ESCOLA PÚBLICA

Jhonatan Almada, historiador   São tempos estranhos os que vivemos no Brasil. A radicalização política ameaça jogar o país no poço do imprevisível, não se sabe o fundo. As instituições que deveriam zelar pela lei se contaminaram pelo clima de negação da política apenas aparentemente justificada pela negação dos políticos. O espírito cruzadista desceu sobre promotores e delegados, acreditam piamente que para tudo resolver e acabar com a corrupção basta retirar o atual governo do poder e assassinar moralmente Lula. A polarização de forças tem afetado fortemente as eleições municipais onde observamos candidatos buscando afirmar-se pela inviabilização dos concorrentes. Não existe democracia partidária no Brasil, as cúpulas impõem suas vontades. Pessoalmente gostaria muito de ver a militância partidária de algum partido se insuflar contra esse estado de coisas e democratizar pela base essa tomada de decisão. A corrupção está diretamente ligada à política de gabinetes, à polí