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Mostrando postagens de novembro, 2015

AVISO AOS NAVEGANTES DAS ÁGUAS TURVAS DE CORRUPÇÃO

Jhonatan Almada, historiador, escreve às sextas-feiras no Jornal Pequeno Dentre as muitas especulações em tempos de crise as de ordem financeira tendem a ser muito pessimistas, mas, paradoxalmente, as mais realistas. Dão-nos elementos materiais para sabermos onde pisamos e onde devemos dar os próximos passos. A Receita Federal divulgou relatório com o resultado da arrecadação tributária referente a outubro. Os indicadores macroeconômicos ali apontam a queda na produção industrial (-6,84%) e na venda de bens e serviços (-6,76%), comparando o período janeiro/outubro de 2015 com janeiro/outubro de 2014. Em princípio, se a atividade econômica retroage também a arrecadação tende a acompanhar esses números. Os setores econômicos que apresentaram maior queda na perspectiva de arrecadação foram o de extração de minerais metálicos, atividades de rádio e televisão, obras de infraestrutura, metalurgia e transporte terrestre. Isso se evidencia pela paralisação de inúmeras obras important

REPUBLICANIZAR O JUDICIÁRIO, PUNIR OS CURRUPTOS

Jhonatan Almada, historiador, escreve às sextas-feiras no Jornal Pequeno Uma conquista fundamental para o avanço civilizacional no Brasil é a independência e funcionamento autônomo das instituições. Na última década acostumamo-nos a ver a Polícia Federal e o Ministério Público Federal a agir, investigar e prender. Algo inédito mesmo para a nossa recente democratização pós-ditadura militar de 1964. Uma nota dissonante ainda incomoda. No Brasil e no Maranhão em particular, as instituições nunca conseguiram funcionar com independência, nem mesmo as representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Lembro dois casos que mesmo funcionando redundaram em coisa nenhuma. Existe uma instituição totalmente avessa e claramente voltada para os interesses próprios e das elites que retarda e tarda todas as demais. O Judiciário por intermédio do Supremo Tribunal Federal arquivou o processo decorrente da Operação Lunus de 2002. Aquela em que R$ 1,2 milhão foi encontrado e

IMBECILIDADE NAS REDES SOCIAIS

Jhonatan Almada, historiador, escreve às sextas-feiras no Jornal Pequeno A grande dificuldade de ter sofrido sob um mesmo jugo opressivo é, ao se ver livre dele, não conseguir enxergar algo melhor e pior ainda, se identificar com o opressor. As redes sociais possibilitam visualizarmos essa impressão que em outros tempos estaria subsumida nas cabeças ou nas conversas de mesa de bar. A imbecilidade, graças às redes sociais, se tornou pública, visível e identificável. O racismo, o machismo, a xenofobia, a ignorância pura e simples, desfilam como roupa em vitrine. A ignorância daqueles que tem algum saber instituído e a ignorância daqueles que fazem questão de não saber. O desafio de construir um novo projeto societário é muito mais profundo. Não estão presentes nas redes sociais a imensa maioria do povo brasileiro. Cito o exemplo do Maranhão, com 67% de exclusão digital, somente uma pequena parcela da população tem acesso à internet. Isso significa que apenas as antigas classes

MEGATENDÊNCIAS DO FUTURO

Jhonatan Almada, historiador, escreve às sextas-feiras no Jornal Pequeno Os estudos do futuro são importantes fontes de orientação e direcionamento dos decisores, sejam da esfera pública, sejam da iniciativa privada. Ao delinearem as grandes tendências da humanidade em 15, 20 ou 30 anos à frente, evidenciam os desafios a serem enfrentados e os possíveis caminhos que precisamos abrir para reduzir sua gravidade ou superá-los. Muito se avançou neste último século no desenvolvimento de cenários de futuro.  Recentemente saíram dois excelentes estudos sobre essa temática tomando por referência o ano de 2030. O primeiro é “O Estado do Futuro 2030: as megatendências globais que moldam os governos”, foi encomendado pela KMPG International e elaborado pelo Mowat Centre (Canadá). O segundo é “Megatendências mundiais 2030: o que as entidades e personalidades internacionais pensam sobre o futuro do mundo”, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).  As megaten