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Mostrando postagens de junho, 2015

TAMANHO DO ESTADO NO BRASIL E SUAS NUANCES

Jhonatan Almada, historiador, escreve as sextas-feiras no Jornal Pequeno Quando opinamos sobre determinados temas um tanto distantes de nosso cotidiano de leituras ou mesmo da nossa área de conhecimento convém ter cautela e checar as informações que nos fundamentam. Ninguém sabe tudo sobre tudo, lembra-nos o adágio da prudência. Qualquer intelectual que milita no campo das letras deve ter clareza disso e enfrentar de peito aberto os silêncios, aprovações e desaprovações de seus escritos. Ferreira Gullar no seu artigo dominical para o jornal Folha de São Paulo de 21.06.2015 escorregou na inconsistência da fundamentação. Ao mais uma vez criticar os governos do PT, Lula e Dilma, os acusa de contradição por terem se oposto ao programa de privatizações de Fernando Henrique Cardoso e realizarem atualmente amplo programa de concessões públicas. Concessão não é privatização. Privatização não tem volta, salvo medidas excepcionais quebrando os contratos. Concessão é por tempo de

O QUE FAZEM OS EX-PRESIDENTES?

Jhonatan Almada, historiador, escreve as sextas-feiras no Jornal Pequeno Entendo que a Presidência de um país é a mais alta magistratura pública que um político pode almejar em sua história de vida. As altas responsabilidades e a gravidade das decisões tomadas geram um desgaste físico e mental significativo. Os anos de Presidência são mais pesados que todos os anos precedentes. A usual comparação entre a foto da posse e a foto do final de mandato registra em cores brancas o peso do tempo e da história. Há que se respeitar o saber originado da experiência feita e a sabedoria alcançada por alguns que por ali passaram. Em geral, compreendendo que essa colaboração marca sua biografia, os ex-presidentes resolvem se dedicar a política no sentido amplo, sem partidos ou mandatos. Assumem causas, viajam o mundo, levantam bandeiras internacionais, colaboram com os organismos multilaterais, incentivam e participam do debate dos grandes temas. Furtam-se do jogo do poder, se poupam das pa

REGULAÇÃO ECONÔMICA DAS MÍDIAS

Jhonatan Almada, historiador, escreve as sextas-feiras no Jornal Pequeno As mídias no Maranhão pertencem a famílias locais que exercem a política profissional.   O Grupo Difusora pertence aos Lobão, o Grupo Mirante pertence aos Sarney e por aí vai. Essa informação parece óbvio, mas precisa ser permanentemente lembrada. Nada, nada mesmo, sai ou sairá nos jornais, rádios, tv, sites e blogs vinculados a esses grupo que não seja do estrito interesse dos seus donos. Não há liberdade de imprensa nesses veículos, existe a verdade dos donos. Não há credibilidade da informação, existe a falsificação dos donos. Creio que os profissionais que aí trabalham, mesmo contaminados pelas paixões políticas dos donos, devem ser respeitados. Isso significa que a informação que levam deve ser questionada por todos os meios legais e tecnológicos disponíveis para que o público tenha acesso aos fatos de forma mais fidedigna. O italiano Antonio Gramsci (1891-1937) analisando os jornais burgue

SEGURANÇA PÚBLICA PARA ALÉM DA BALA

Jhonatan Almada, historiador, escreve as sextas-feiras no Jornal Pequeno Muitos no Maranhão não deram consequência à diretriz do novo governo em relação ao cumprimento da lei. Interesses poderosos começam a se preocupar com os desvios, as bandidagens, a corrupção ampla, geral e irrestrita que implantaram nas últimas décadas. As operações da Polícia que prenderam prefeitos envolvidos com agiotagem e empresários que desviaram milhões da finada Univima sinalizam para a materialidade dessa diretriz. Não é a toa que esses interesses se ajuntam aos intelectuais dos direitos humanos para vilanizar as polícias e a Secretaria de Segurança Pública. Olhos sem luz. Não há nada desconexo nestes tempos de hipocrisia em rede. As investigações em andamento revelarão muito mais. As mesmas hienas que ululam contra a polícia e os policiais, a secretaria ou o governo, no seu recôndito ser e nas quatro paredes de seus castelos de areia, tremem por antecipação. É necessária muita ignorânc