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Mostrando postagens de 2013

SARNEY ESTÁ PRESO

SARNEY ESTÁ PRESO Jhonatan Almada, historiador A Coluna do Sarney tem como única serventia mantê-lo vivo enquanto intelectual de si mesmo. Os donos de jornais com algum juízo, ainda que tardio, não publicam mais sua coluna. Entre as motivações, o caráter contraditório do político que enriqueceu a custa da pobreza do Maranhão, negando o que seu Imposto de Renda em parte explicita. A qualidade do texto também deve ser mencionada, riquíssima em lugares comuns, argumentos pedestres, autopiedade, falsa modéstia e forçada erudição. Apenas o jornal "O Estado do Maranhão" de sua propriedade, o publica. Formar uma opinião a partir do que escreve Sarney não é difícil. Essa opinião ser positiva, elogiosa ou acrítica é praticamente impossível. Salvo se você consta da folha de pagamento do grupo político que o senador José Sarney lidera. Escolham cinco ou seis pessoas com o sobrenome Sarney, Murad ou Duailibe, com proximidade do núcleo familiar, verifiquem suas declarações de

As lágrimas de Clay

AS LÁGRIMAS DE CLAY Jhonatan Almada, historiador Clay Lago, esposa de Jackson Lago (1934-2011), simboliza a resistência de um Maranhão que não se curvou em sua dignidade ao mando cruel e odioso do grupo político liderado pelo senador José Sarney. A sua profunda decepção e tristeza com a política e os políticos vertidas em lágrimas, na cerimônia de concessão da Comenda Dom Helder Câmara pelo Senado Federal, regaram em solo fértil. Não o do Senado, mas o do Maranhão. Jackson Lago conhecia e admirava Dom Hélder Câmara, inclusive o recebeu em São Luís no contexto da redemocratização dos anos de 1980. Isso reveste a homenagem de um simbolismo histórico e ímpar. Na oportunidade em que parabenizo o merecido reconhecimento, ainda que tardio, entendo que a maior homenagem prestada a Jackson foi a criação do Instituto que leva seu nome e é presidido por Clay. Essa instituição se afirma cada vez mais nas discussões sobre o desenvolvimento e a democracia e se constitui como

A JUSTIÇA DE ROSEANA

A JUSTIÇA DE ROSEANA Jhonatan Almada, historiador O Tribunal Superior Eleitoral fez o que esperávamos, mudou uma interpretação de duas décadas para atender ao caso específico da governadora Roseana Sarney no Maranhão. É meus amigos, o que serviu para cassar Jackson Lago em 2009, não pode cassar Roseana Sarney em 2013. O primeiro não fez parte das redes de interesses e laços consanguíneos que sempre protegeram a segunda. Fico refletindo sobre o julgamento que faremos daqui a 10 anos sobre as instituições da República e seus integrantes à luz de suas decisões. Ninguém poderá mais sustentar que o Judiciário toma decisões com base na lei, se é que alguém ainda afirma isso. Talvez nos primeiros períodos da graduação em Direito isso continuará sendo feito. As decisões do Judiciário dependem de suas relações sociais, do seu patrimônio disponível para mudá-las ou da sua capacidade de ameaçar os julgadores. Nenhuma decisão de relevo tem vínculo com a ética ou a moral, a democracia

Carta aberta à FAPEMA

São Luís, 18 de novembro de 2013 Ilma. Sra. PROFª. DRª. ROSANE NASSAR MEIRELES GUERRA Presidente da FAPEMA Senhora Presidente, Fui bolsista de iniciação científica desta instituição nos termos do Edital Nº 6/2004 e bolsista de mestrado conforme Edital Nº 12/2010, constando do quadro de colaboradores da FAPEMA deste então. Continuo vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas de Educação Básica do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e atualmente integro a carreira técnico-administrativa dessa Universidade, como Técnico em Assuntos Educacionais (TAE). Inscrevi-me no Edital Nº 04/2013 – APEC-FAPEMA e minha postulação ao auxílio não foi recomendada pelo comitê de julgamento considerando que eu não atendi ao item 3.2 do referido edital. Este item explicita que “A solicitação de apoio deverá ser individual para alunos de pós-graduação e professores”. Claramente o item não implica em exclusividade da solici

Novas Universidades no Maranhão

Jhonatan Almada, historiador.   A Universidade no Maranhão experimentou nos últimos anos um significativo processo de expansão. Tanto as instituições particulares quanto as instituições públicas. Isso significou certa democratização do acesso ao ensino superior, mas não representou, nem mesmo com as cotas raciais e para a escola pública ou com as bolsas do PROUNI, a ampliação do número de maranhenses que possuem nível superior. Dos 6,7 milhões de habitantes, apenas 3,56% desse total, cerca de 187 mil pessoas, possuem nível superior. Como é de praxe, o último entre todos os estados da federação brasileira. A Universidade Estadual do Maranhão foi a primeira a se expandir e está bastante interiorizada, com 21 campi. A maioria deles criado por conveniência política e funcionando com professores substitutos e estruturas emprestadas ou improvisadas nos municípios. Sem mencionar a questionável qualidade de alguns dos seus cursos. Contudo, o mais grave em relação à Universidade