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Mostrando postagens de abril, 2010

A Rosa e o Tucano

A Rosa e o Tucano Jackson Lago , ex-governador do Maranhão (deposto por golpe judicial perpetrado pelos Sarney) O ato que rememorou o primeiro aniversá rio do golpe judiciá rio que me depôs e que foi realizado na sexta-feira da semana passada, na Assembleia Legislativa, incomodou profundamente a oligarquia beneficiária do golpe que, irritada, pôs-se a divulgar nos meios de comunicação uma suposta divisão das forças democráticas do Maranhão. Uma primeira resposta a essas mentiras foi o próprio ato, que uniu militantes de diversos partidos oposicionistas e nomes de expressão das forças anti-oligárquicas maranhenses como o ex-governador José Reinaldo, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Tavares, o ministro Edson Vidigal, o ex-governador Luiz Porto, entre outros. No domingo, um artigo do deputado federal Roberto Rocha, presidente do PSDB maranhense, repôs a verdade dos fatos, de forma clara e avassaladora. Sob o título de O Tucano e a Rosa, o parlamentar ana

REBOLATION

REBOLATION José Reinaldo Carneiro Tavares, ex-governador do Maranhão Roseana Sarney está em busca de seu quarto mandato, pois ilegitimamente ou não, ela exerce o seu terceiro. Portanto é uma tarefa incrivelmente difícil para os seus marqueteiros apresentá-la com características novas e tentar criar uma nova personalidade para ela, contrariando aquilo que sempre foi e é: uma pessoa arrogante que não tolera a sinceridade vinda de amigos, servidores ou adversários. Ela recebe as críticas com desdém, achando que seu sistema próprio de comunicações é tão forte que consegue impor a todos uma Roseana Sarney que não existe. Isso vem de berço, não muda, está em seu DNA. Eu escrevi em artigo anterior que a governadora, muito abalada com a certeza de que vai ter de enfrentar Flávio Dino nas eleições, viajou para o Rio de Janeiro para se encontrar com Duda Mendonça, o marqueteiro com fama de mago, único serque ela acredita ter a capacidade de torná-la palatável como candidata ao gover

NA POLÍTICA NÃO CABE "PAZ" E "AMOR"

NA POLÍTICA NÃO CABE "PAZ" E "AMOR" Por Jhonatan Almada O que talvez os marketeiros desconheçam ou lhe faltem é uma perspectiva histórica. Em política no Maranhão, como no Brasil, sempre estivemos sobre o signo da conciliação, traço característico do comportamento político tão criticado por Raymundo Faoro, pois implica na imobilidade, no não mudar, na incapacidade de transformar. Se a tudo conciliamos, a tudo acomodamos, nada punimos, não existe referencial, ninguém diferencia como cantou Fernando Pessoa, o bem do mal, vivemos em permanente nevoeiro, é mais do que chegada a hora para por em termos claros a situação política que tanto nos aflige e a tempos tantos. Tivemos por obra da fortuna ou do azar, talvez de nós mesmos, um Juscelino invertido, que ao invés de não ter o sentimento do medo, se diz incapaz de ter ódio. Se o primeiro destemido fez 50 anos em 5, o segundo fez de 5 seus 50. Nos foi legado um Borges ao avesso. Se o primeiro tinha inca

O GOLPE DE 16 DE ABRIL DE 2009 E A TRANSIÇÃO INTERROMPIDA

O GOLPE DE 16 DE ABRIL DE 2009 E A TRANSIÇÃO INTERROMPIDA Franklin Douglas Márcio Jardim Silvio Bembem (*) Lembrar um ano do golpe via judiciário no voto popular do maranhense, que resultou na cassação do mandato do governador Jackson Lago, é obrigação de todos aqueles que acreditam na Democracia. E revisitar aquele momento histórico, apontando criticamente os erros e acertos da primeira experiência de governo eleito pelo povo contra o esquema Sarney, é tarefa dos que desejam que a proeza do voto popular que derrotou a velha oligarquia em 2006 se repita em 2010. O golpe via judiciário do dia 16 de abril de 2009 só foi caracterizado como golpe porque houve um forte movimento de resistência e mobilizações de rua denunciando ele. Fazer essa resistência não foi consenso. Pelo contrário, setores do governo – sobretudo seu chamado “núcleo duro” – apostavam tudo nas articulações de bastidores no tribunal, nada nas ruas (ganharíamos por ampla diferença no TSE, diziam).